28/10/2016 às 11h36min - Atualizada em 28/10/2016 às 11h36min

Política

Prefeito sem salário
 
Durante a campanha eleitoral, o prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), lançou o discurso de doar todos os 48 salários de seu mandato, com início em janeiro de 2017. Com um resultado exorbitante de 53,29% dos votos válidos, o empresário foi eleito para comandar a maior prefeitura do Brasil já no primeiro turno, desbancando outros 10 candidatos, entre os quais o atual chefe do Executivo, Fernando Haddad (PT); Celso Russomanno (PRB); Marta Suplicy (PMDB); e Luiza Erundina (PSol).
A primeira entidade beneficiada com a sua remuneração será a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). O anúncio foi feito recentemente. “Quero voltar a dizer a vocês aquilo que eu repeti durante a campanha: eu não quero receber nenhum salário. Durante os 48 meses como prefeito da cidade de São Paulo, vou doar os 48 salários. E a primeira entidade que vai receber meu primeiro salário de prefeito, de janeiro, é a AACD”, afirmou Doria.
Em declaração de patrimônio à Justiça Eleitoral, João Doria informou ter R$ 179,7 milhões. A segunda candidata mais rica é Marta, com R$ 13,3 milhões. Na sequência, aparecem Ricardo Young (Rede), com R$ 7,4 milhões; João Bico (PSDC), com R$ 4,4 milhões; Russomanno, com R$ 1,8 milhão; Levy Fidelix (PRTB), com R$ 772 mil; Luiza Erundina (PSol), com R$ 606 mil; Major Olímpio (SD), com R$ 551 mil; e Fernando Haddad, com R$ 452 mil; e Altino de Melo Prazeres (PSTU) e Henrique Áreas Araújo (PCO), sem patrimônio.
 
Agora, impeachment de Sartori
 
Um pedido de impeachment do governador José Ivo Sartori (PMDB) foi protocolado na manhã de segunda-feira, 24 de outubro. O documento foi entregue pela presidente do CPERS, Helenir Schürer, à presidente da Assembleia Legislativa, deputada estadual Silvana Covatti. Entre os motivos, alegação de descumprimento de decisão judicial que obriga o pagamento em dia dos salários dos professores.
O Palácio Piratini emitiu nota sobre o pedido de impedimento, antes mesmo de ser protocolado. “O pedido de impeachment protocolado pelo Cpers-Sindicato faz parte de sua conhecida radicalização política. Além de ser inconsistente, não ajuda o Estado a superar a crise financeira e a melhorar a qualidade do ensino. A Assembleia Legislativa saberá dar o devido encaminhamento à questão”, afirma o Executivo Gaúcho.
Sartori, que teve uma ascensão expressiva de votos no pleito eleitoral de 2014 e elegeu-se governador, deve seguir a sina dos demais chefes de Executivo do Rio Grande do Sul de não conseguir um segundo mandato. Caso não sofra o impeachment, mas tenha interesse em concorrer à reeleição, terá a árdua tarefa para conquistar o apoio da sociedade, pois vem realizando uma administração com pouca perspectiva de melhora.
 
Profissional do crime
 
Preso no dia 19 de outubro, em Brasília, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), é classificado pelo juiz federal Sergio Moro como um político de prática reiterada de crimes de forma profissional e sofisticada. O magistrado, que é responsável pela Operação Lava-Jato e ficou mundialmente conhecido na luta contra a corrupção, aponta que o parlamentar atuou para obstruir as investigações e intimidar advogados, autoridades e testemunhas no chamado Petrolão.
“O acusado Eduardo Cosentino da Cunha agiu sub-repticiamente, valendo-se de terceiros para obstruir ou intimidar [...]”, afirmou Moro. “As provas são, em cognição sumária, da prática reiterada, profissional e sofisticada de crimes contra a Administração Pública, por Eduardo Cosentino da Cunha, não só em contratos da Petrobras, mas em diversas outras áreas, não raramente com o emprego de extorsão e de terceiros para colher propinas”, consta em outro trecho da declaração do juiz federal.
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