06/01/2017 às 08h41min - Atualizada em 06/01/2017 às 08h41min

Amigos!

Hoje é difícil conquistar um amigo. Ou será, fazer um amigo? Fazer-se conhecer, também conhecer. Trilhar os caminhos mais íntimos, nossos e deles, os amigos.
Confiar, como um trapezista que se joga no espaço vazio, certo de que outra mão vai segurar a sua. Na certeza do voo livre e seguro, e lhe poupar da queda.
Contar e ouvir segredos. Mostrar-se franco, seguro e, mesmo quando inseguro, pedir conselhos. Também dar conselhos.
Invejar, sem nenhuma dor, gostar, sem nenhuma vergonha. Torcer, de verdade, pelo amigo, para que tudo ande e corra bem.
Às vezes, brigar, discutir, magoar e receber o troco. Sentar numa mesa de bar e ficar em silêncio. Os dois desobrigados de qualquer palavra ou gesto.
Amizades assim, temos poucas pela vida, e quando temos, devemos agir como diz Fernando Brant em parceria com Milton Nascimento na música: “Canção da América”, que é guardar, guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração.
Talvez seja difícil uma amizade assim, uma cumplicidade assim, tão completa e total.
Há quem diga que amizade assim, é apenas possível nos filmes, nas ficções, nos versos de músicas, em crônicas. Em algum sonho ou sono. Mas, nem por isso devemos não acreditar que existam amigos de verdade. Eu acredito. Eu tenho amigos assim, sim. Não são um milhão de amigos, mas também não sou Roberto Carlos. Sou o Ernani Roberto, e venho sempre tentando e sendo tentado a ter e ser amigo de verdade. E já contabilizo uma meia dúzia de seis ou sete, indispensáveis, amigos.
Às vezes, quando não, muitas vezes, nem nos damos conta de que fizemos um amigo. E chega o domingo, domingo de churrasco e o amigo esperado não aparece. Alguma coisa se quebra, o dia fica torto, o sal do churrasco perde o sabor e só fizemos esperar um novo encontro, para estarmos juntos. E nos encontramos!
E nos destratamos e não aceitamos nenhuma explicação para a última ausência dominical. Ô louco! Parece coisa de criança e, de certo modo, é! Grandes amigos são, em alguma proporção, crianças adultas. Crianças em embalagens de dois litros, grandes.
Não duvides, amizades devolvem infâncias.
Sou cinéfilo e assisti a muitos filmes de amigos. Os americanos inventaram o que eles chamam de buddy movies, filmes sobre amigos. As histórias vão desde “Butch Cassidy & Sundance Kid” até os filmes em que a dupla Walter Matthau & Jack Lemmon está sempre em fraternas turras. Exemplos? Inúmeros, um monte. As duplas se repetem. Um completa o outro, o outro completa o um. O Gordo e o Magro, Kirk Douglas & Burt Lancaster em “Tought Guys”. Faça a tua lista e observes o quanto são, eles, todos crianças grandes.
É tão bom de ótimo quando conseguimos contabilizar nossa existência, não pelos anos vividos, mas sim pelos amigos conquistados, aqueles que emocionam, de verdade e forever.
A distância mais distante que existe é aquela que vai da cabeça ao coração. E não há distância que a vontade não encurte, e se, às vezes, a vontade não é suficiente para encurtar distâncias, com certeza, amizades encurtam.
 
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Então estamos em 2017! Mais um ano a encarar... mais um ano para passar... mais um ano para conquistar mais amigos!
Depois da família, amigo é o que temos de mais importante e especial, então vamos conquistar mais amigos!     
 
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Um abraço para os meus melhores amigos...
O meu filhão Marcelo e minha filhota Cássia.
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