O que é o amor?

O que é o amor senão apenas quatro letras aglomeradas que, para alguns, pode tranquilamente ser substituída por posse, ciúme, controle, autoritarismo.
Não sei se você acompanhou, mas há alguns dias eu postei lá no Divas que a Janaína morreu.
A Janaína. Não sabe quem é não é mesmo? Eu também não sabia. Até ela morrer. E morreu com a justificativa encontrada pelo seu parceiro. Janaína é minha e de mais ninguém!
Mas, só sei o que Janaina estava passando, pois ela morreu. Caso contrário a existência dela me seria totalmente estranha. A última postagem dela em sua rede social foi um link do site Casal Sem Vergonha falando sobre relacionamentos abusivos. E então, ela morreu.
Janaína estava lutando, queria se libertar, queria viver o amor. O amor, esse que a matou.
Qual seria a razão de tantas pessoas justificarem coisas ruins em “nome do amor”? Será que realmente ele nos domina tão fortemente? Será que amor é isso mesmo? Não tem paz, não tem calmaria, tem apenas a ligação incondicional entre duas pessoas custe o que custar? Afinal de contas, fomos educados para acreditar que só se ama uma vez, mesmo que isso gere tristeza e sofrimento, ama-se apenas uma vez!
Creio eu que não. Amor não pode ser isso. Não pode ser algema. Tem que ser liberdade. Desejo. Cumplicidade. Companheirismo. E se for o caso... abnegação.
Amor deve ser mais do que uma palavra. Crime de amor. Crime passional. Isso não existe. Crime por insegurança. Crime por falta de amor próprio. Isso sim. Quem comete esse tipo de crime, quem é ciumento ao extremo. Quem submete a pessoa a quem diz amar à tortura psicológica e muita vezes até física (ao meu ver a psicológica é a pior de todas)... essa pessoa não ama. Nem a si mesma. Essa pessoa não consegue enxergar na verdade os fatos com clareza e quer que o outro fique, custe o que custar, não por amar ao outro, mas por medo da solidão.
E, por isso, penso que se uma relação não te faz feliz, coloque um ponto final. Não deixe que alguém te faça sentir culpada por algo que está além do seu alcance. Sentimentos devem ser saudáveis, regados diariamente... se não te faz bem, talvez seja hora de deixar ir, hora de partir.
Amar antes de tudo, a si mesmo.