18/11/2016 às 13h35min - Atualizada em 18/11/2016 às 13h35min
Contar histórias
Hoje vivemos a nítida impressão de que temos menos tempo. E isso é uma constatação global, pois se trabalha mais, buscando viver mais, viajar mais, divertir-se mais e produzir mais. Na verdade, o tempo, esse das horas de sessenta minutos e dos dias de vinte e quatro horas, continua o mesmo desde que é contado. A diferença está em nós. A quantidade de informação é tão grandiosa nos nossos dias que temos urgência em tudo e assim criamos uma dependência com o tempo. Essa mudança ocorreu há menos de trinta anos.
Neste cenário veloz, temos que vender, sejam produtos ou serviços, de forma a agregar valor ao nosso cliente. Só que a concorrência também quer oferecer tudo isso: qualidade no produto, atendimento encantador e personalizado e o algo a mais. Se todo mundo busca isso, vamos ficar no 0 x 0, ou seja, todas empresas iguais. A não ser que comecemos a nos diferenciar, buscando o envolvimento do nosso cliente, através de uma técnica de marketing muito recentemente desenvolvida, que se chama Storytelling, que no bom português pode ser traduzido por “a arte de contar histórias”. Esta é uma poderosa ferramenta de compartilhamento de conhecimento. É simples quando se sabe, mas esta técnica já é utilizada pelo ser humano há séculos, o que tira o ineditismo dela, mas aqui começamos a utilizá-la para a finalidade de vender produtos e marcas. É como se retirássemos das telas do cinema uma ideia para colocá-la no nosso cotidiano de vendas.
Contar história é desencadear eventos de forma lógica e resumida, a fim de prender a atenção e a curiosidade do nosso espectador, neste caso o cliente. É uma quebra de rotina, uma vez que ninguém quer saber de fatos comuns, mas todo mundo gosta de ouvir histórias relevantes e diferentes, que falem sobre pessoas, com início, meio e fim, passando pelo climax, onde o resultado é o cliente se apaixonando pelo produto ou marca para sempre. O ser humano está tão mecânico e ligado ao virtual que, mesmo que não se dê conta, é da sua natureza a necessidade de se ligar ao EMOCIONAL. Enquanto consumidores, quando precisamos de um produto e vemos muitas opções iguais para comprar este produto, com toda certeza vamos criar um elo de fidelidade com as empresas que tivermos uma relação emocional, ou que nos transmita de forma constante essa vocação. Lembre-se que o nosso cérebro guarda informações com mais facilidade, quando esta informação vem embrulhada em um pacote de sentimentos. É fundamental criar um contexto que tenha significado para as pessoas, onde a parte mais importante implicitamente seja a sua marca.