29/09/2017 às 10h30min - Atualizada em 29/09/2017 às 10h30min

PSDB e PT: líderes investigados por corrupção

Os partidos políticos que nas últimas eleições presidenciais lideraram as disputadas em segundo turno encontram-se em turbulência nos últimos meses. O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o Partido dos Trabalhadores (PT) estão enfrentando dilemas internos e externos que resultam no enfraquecimento partidário, na fragilidade política e, por consequência, na falta de desenvolvimento social do Brasil.
Tal situação pode ser verificada com recentes notícias veiculadas pela imprensa. De um lado, o ex-candidato à presidência da República, Aécio Neves, foi afastado do cargo de senador e segregado no período noturno, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). De outro, o impasse sobre a possibilidade de Luis Inácio Lula Silva (Lula) concorrer ao Palácio do Planalto e a perda de apoio, por exemplo, em relação a Antonio Palocci.
Primeiramente, em relação ao tucano Aécio Neves, a decisão da Primeira Turma da Corte Suprema ocorreu no inquérito em que o político foi denunciado por corrupção passiva e obstrução de Justiça. O ministro Luiz Fux, que votou pelo afastamento do cargo, afirmou: “Já que ele não teve esse gesto de grandeza, nós vamos auxiliá-lo a pedir uma licença e sair do Senado Federal”.
Ao tomar ciência da decisão, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), manifestou a possibilidade de encaminhar a determinação do STF para análise no plenário legislativo. Para o parlamentar, em razão de suposta inconstitucionalidade da decisão do Supremo, os senadores deverão tomar previdências se ficar verificada que a Constituição Federal foi ferida pelos votos vencedores dos ministros.
Por outro lado, no tocante ao PT, o ex-ministro Antonio Palocci pediu desfiliação da agremiação partidária, conforme notícias divulgadas nesta semana. Os veículos de comunicação informaram que o histórico líder do PT enviou uma carta à direção do partido com a seguinte pergunta: “Somos um partido sob a liderança de pessoas de carne e osso ou somos uma seita guiada por uma pretensa divindade? Chegou a hora da verdade para nós De minha parte, já virei essa página”.
Palocci foi preso no mês de setembro de 2016 e, recentemente, no dia 6 de setembro, ao ser interrogado pelo juiz federal Sérgio Moro, incriminou o ex-presidente Lula. A declaração do ex-ministro causou estranheza aos correligionários, uma vez se tratava de um nome histórico e imponente nos quadros do Partido dos Trabalhadores. Ele acusou Lula de ter firmado um pacto com a Odebrecht em troca de R$ 300 milhões em propina.
Ambas as informações, tanto do PSDB quanto do PT, têm estreita relação com as investigações da Operação Lava Jato. A busca pelo combate à corrupção, ante a descrença e a revolta da sociedade, tem provocado às instituições policiais e judiciárias, ao que parece, uma robustez ferrenha nas decisões e uma transformação, talvez sem precedentes, na política brasileira.
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