18/08/2017 às 09h53min - Atualizada em 18/08/2017 às 09h53min

DA SÉRIE... FÁBULAS ETIMOLÓGICAS.... O Uto era mudo...

Era uma vez… há muito tempo... uma galinha chamada Desireé Cocó. Ela estava há dias chocando o ovo que viria a ser o pintinho primogênito. Até que em uma linda manhã de sol ouviu um barulhinho: - Chegou a hora! Meu filho vai nascer!
            A casca do ovo quebrou-se e uma frágil criaturinha começou a dar sinal de vida. Desireé Cocó não cansava de admirar a sua cria, que ainda toda desengonçada, tentava equilibrar-se sobre suas cambaleantes perninhas. Passadas algumas horas, lá estava o pintinho amarelinho, fofinho, aconchegado sob as penas de Desireé Cocó.
- Tu vais te chamar Uto!
O pintinho olhou para ela e não deu nenhum pio. Talvez não aprovando aquele estranho nome. Uto?
            Nos primeiros dias, a alegria de Desireé era tanta que não notou que seu filho nascera com um grave defeito. Uto não piava. Mas não demorou muito para perceber o triste silêncio de Uto. E Desireé entrou em profunda tristeza, depressão.
- Como pode um pintinho não piar? E quando crescer? Como vai ser o rei do terreiro se não puder cantar? Um galo mudo e frustrado... O que será do meu pobre Uto?
            Ela não se conformava e fazia de tudo para que seu filho piasse. Simpatias. Até água em casca de ovo ela deu para ele. Dava-lhe suculentos bichinhos, as mais verdes e tenras graminhas. E o tempo inteiro dizia e repetia:
- Uto, pia! Uto, pia!
            E Uto, nadinha de nada, nada de piar.
- Uto, pia! Uto, pia!
            E foi a partir da história do pinto mudo Uto, cuja mãe perseguia um desejo irrealizável, impossível, que era fazer Uto piar, que surgiu a Utopia.
 
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COQUETEL FRIEND

 
            Ligue para um amigo e peça uma garrafa de rum. Se ele perguntar “O quê?” tu repetes, rum, se ele perguntar de novo “O quê?” Tu esclareces e diz rum, depois soletra: R-U-M. Naturalmente ele pensará que é algum trote e desligará na tua cara. Mas, antes que ele desligue, tu desligas primeiro e deixa o telefone fora do gancho alguns minutos. Depois leve o fone ao forno, desculpe, estou fazendo confusão com receita de bolo. Vamos começar de novo: obtenha do modo que achar mais fácil uma garrafa de rum. Ponha duas gotas num cálice e depois cale-se três ou quatro minutos, até que teus amigos pensem que tu estás fazendo um trocadilho, então tu dizes que não, que está preparando um coquetel. Por cima das duas gotas de rum, ponha uma colher de sopa de cerveja, mas que fique claro que a colher é que é de sopa e não a sopa que é de cerveja. Por cima da colher de sopa, ou melhor, de cerveja que foi despejada com a colher de sopa, jogue duas pedras de gelo, tendo o cuidado de não deixar espirrar nos olhos. Mas, por via das dúvidas, deixe sempre ao lado um vidrinho de colírio. Já que está com o vidrinho na mão, ponha logo duas gotas, não nos olhos, mas no cálice. Duas gotas, dois minutos, um coquetel claro e bonito. Se você não enxergar nada, depois dessa, não poderá se queixar que foi por falta de colírio.
 
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Um abraço para o meu amigo Luis Lenz. Parceirão
 
 
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