O Ministério da Saúde confirmou, nesta quinta-feira, oito casos da variante indiana B.1.617 do coronavírus. O caso mais recente é de Juiz de Fora (MG), de um brasileiro que chegou da Índia de avião em São Paulo e seguiu de carro até a cidade mineira. No Brasil, ele teve contato apenas com mulher, que está em casa assintomática, em isolamento domiciliar e em monitoramento.
Há ainda seis casos no Maranhão (um em São Luís e cinco que não chegaram a pisar em solo brasileiro). Todos são tripulantes do navio MV Shandong da Zhi, que está parado em alto-mar e não teve autorização para atracar no porto da capital maranhense. O paciente de São Luís teve piora no estado de saúde e precisou ser intubado em um hospital da cidade no último fim de semana.
O último caso é de Campos dos Goytacazes (RJ), de um homem de 32 anos que chegou da Índia no dia 22 de maio, teve diagnóstico positivo para Covid-19 e vinha sendo acompanhado pelas autoridades de saúde do município fluminense.
Assim como o caso de Juiz de Fora, o homem desembarcou no Brasil no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Em seguida, o passageiro embarcou em um voo doméstico para o Rio de Janeiro.
O caso de Campos dos Goytacazes se confirmou em um teste do Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria da Saúde de São Paulo. Segundo o instituto, até o momento não há registro de caso autóctone, no estado, da linhagem indiana.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a variante indiana havia sido oficialmente detectada, até a tarde desta quinta, em 53 territórios, sendo 49 países, incluindo o Brasil. De acordo com o relatório da entidade, a variante B.1.617 demonstrou ser mais contagiosa, enquanto seguem sendo investigados o grau de gravidade e o risco de infecção.