30/07/2020 às 14h26min - Atualizada em 30/07/2020 às 14h26min
Governo discute alternativas para exigência de testes em caminhoneiros que cruzam a fronteira
Site - estado.rs.gov.br
A secretária da Saúe, Arita Bergmann, participou na quarta-feira (29/7) da reunião virtual da Comissão do Mercosul e Assuntos Internacionais da Assembleia Legislativa, que é presidida pelo deputado estadual Frederico Antunes. Na oportunidade, foi debatido o decreto publicado há 15 dias pelo governo uruguaio exigindo a realização de testes RT-PCR para Covid-19 a cada sete dias pelos motoristas brasileiros que entram naquele país.
O governo gaúcho está atuando para achar a melhor solução para esse impasse. Segundo Arita, não existe dificuldade de aplicar testes rápidos nos motoristas sintomáticos ou em quem teve contato com alguém contaminado. No entanto, não há como aplicar em todos os assintomáticos. A secretária destacou ainda a possibilidade de realizar os exames no laboratório da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), o que deverá reduzir o tempo de espera pelo resultado e os custos. A Secretaria da Saúde encaminhará ao governo federal pedido para que interceda junto ao governo uruguaio e agilize as negociações a fim de que a categoria possa continuar trabalhando.
O presidente da Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI), Francisco Cardoso, manifestou preocupação. “Fomos pegos de surpresa e estamos inseguros. Cada teste custa cem dólares. Embora o Uruguai acene com a possibilidade de aplicação de um teste por 40 dólares, isso ainda não é certo. Nossa sugestão é substituir o PCR por testes rápidos e de preferência sem custos, além de manter o distanciamento social, uso de máscaras e luvas para que possamos seguir trabalhando”, detalhou.
O vereador Carlos Nilo Pinho, de Santana de Livramento, que representou a União de Parlamentares do Mercosul (UPM) na reunião, revelou também que o país vizinho está exigindo seguro de saúde dos motoristas brasileiros, mas que as seguradoras, no entanto, não querem contratar planos para atender a casos de Covid-19.
Texto: Ascom SES com informações da AL
Edição: Secom