28/07/2021 às 17h27min - Atualizada em 28/07/2021 às 17h27min

Estudo vai avaliar 3ª dose para quem tomou Coronavac, revela Queiroga

Ministro da Saúde disse que não há dados sobre duração da imunidade da vacina, o que justifica a pesquisa

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta quarta-feira que a pasta vai patrocinar um estudo de dose de reforço para indivíduos que tomaram a Coronavac há mais de seis meses. A pesquisa, que vai envolver cerca de 1,2 mil voluntários, deve ser coordenada pela professora da Universidade de Oxford e da Universidade de Siena Sue Ann Costa Clemens, que conduziu os estudos da vacina Astrazeneca no Brasil.

Queiroga salientou que o trabalho não vai ter a participação do Instituto Butantan, detentor dos direitos comerciais e da produção da Coronavac no Brasil. “Essa vacina nós não temos uma publicação na literatura detalhada acerca de sua efetividade”, justificou o ministro em conversa com a imprensa.

Trabalhos científicos recentes feitos no Chile e na China sugerem que há um declínio do título de anticorpos conferidos pela Coronavac seis meses após a segunda dose.

Sue Ann acrescentou que o estudo vai contar com quatro grupos, sendo que só um recebe a terceira dose da Coronavac. Os outros receberão reforços da Pfizer, Astrazeneca ou Janssen. “Vamos comparar qual a vacina que dá o melhor reforço em relação ao título de anticorpos”, esclareceu.

O estudo vai ser conduzido em dois centros, em São Paulo e Salvador, e deve ter início em duas semanas, segundo a professora. O Conselho de Ética em Pesquisa (Conep) já deu o aval para o trabalho. A previsão é que o grupo de pesquisadores tenha resultados já em novembro que vão servir de suporte para o Ministério da Saúde, afirmou Sue Ann.

“Isso acredito que seja a preocupação principal do ministério, saber se realmente essas pessoas que são as mais vulneráveis, que foram vacinadas no início do ano — profissionais da saúde e idosos — vão estar vulneráveis novamente no fim do ano. Então, a ideia é que nós possamos gerar dados para que o ministério possa estar implementando uma nova estratégia de vacinação, caso seja necessária, ainda no final deste ano”, completou a professora.


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