O Rio Grande do Sul entra na sétima semana consecutiva em bandeira preta. O mapa da 49ª rodada do Distanciamento Controlado, divulgado no fim da tarde desta sexta-feira, segue com as 21 regiões classificadas em risco altíssimo devido a elevada disseminação do vírus e sobrecarga no sistema hospitalar.
Nesta semana, de acordo com o comitê de dados, houve melhora na maioria dos indicadores. Entre eles, diminuição de 19% no número de pacientes confirmados com Covid-19 em leitos clínicos, de 6% em pacientes em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além de queda de 31% no número de mortes provocadas pelo coronavírus nas duas últimas semanas.
No entanto, mesmo com a melhora nestes indicadores, a trava de segurança do modelo do distanciamento controlado ainda é colocada em prática pela baixa quantidade de leitos de UTI livres em comparação com leitos ocupados neste momento. Atualmente, o índice está em 0,06, e a salvaguarda é acionada quando baixa de 0,35, o que demonstra que a capacidade hospitalar do Estado está, ainda, próxima do limite.
Ainda conforme o governo estadual, esse já é o mapa definitivo, ou seja, não há possibilidade de envio de pedidos de reconsideração, devido à gravidade do cenário. Também segue suspensa a Regra 0-0, a partir da qual municípios sem registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias vinham podendo adotar protocolos de bandeira imediatamente inferior. Já a cogestão regional segue permitida.
Mudança de protocolos e intensificação da fiscalização
O governador Eduardo Leite anunciou, no início da tarde desta sexta, em transmissão ao vivo pelas redes sociais, algumas mudanças nas regras de funcionamento de setores como serviços e comércio.
Durante o anúncio, Leite destacou que a a redução no nível das restrições está atrelada ao à intensificação das fiscalizações por parte dos municípios, com apoio do Estado, que vai disponibilizar até R$ 4,4 milhões para que as prefeituras possam contratar fiscais.
Até esta sexta, o Gabinete de Crise já recebeu 402 novos planos municipais com os pré-requisitos exigidos para permitir a cogestão, entre os quais, a atuação de um fiscal para cada 2 mil habitantes. O auxílio financeiro só vai ser liberado a partir do envio e da atualização desse plano.
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