26/02/2021 às 20h12min - Atualizada em 26/02/2021 às 20h12min

Governador do RS ainda espera impacto do Carnaval em número de internações pela Covid

Leite disse que quadro de colapso do sistema de saúde no Rio Grande do Sul não teve nenhuma ligação com pacientes do Amazonas e Rondônia que receberam tratamento em hospitais gaúchos

O governador Eduardo Leite afirmou, na tarde desta sexta-feira, que ainda espera o impacto do Carnaval na rede hospitalar do Rio Grande do Sul. Ele ponderou que não tomou medidas mais restritivas antes de 12 de fevereiro porque o agravamento do quadro ainda não havia sido percebido. “Até o início de fevereiro, o Estado vinha observando uma relativa estabilidade nas internações hospitalares, ao redor dos 76%, 78%. E agora, em 15 dias, saltou de 76% para 94%, a ocupação das nossas UTIs. Mas foi especialmente depois do carnaval que se observou esse crescimento tomando velocidade nas internações. E ele não é devido ao Carnaval. Se no carnaval se produziu algum efeito da aglomeração, ainda vai se sentir por agora. Até que uma pessoa fique grave e vá para uma UTI, leva um tempo”, esclareceu.

Leite ainda garantiu que o quadro de colapso do sistema de saúde no Rio Grande do Sul não decorre da vinda de pacientes do Amazonas e Rondônia, para tratamento em hospitais gaúchos. E afirmou que hospitais de campanha não resolvem o drama da superlotação das UTIs, já que servem para tratar pacientes com quadros menos graves de infecção.

O governador reforçou o pedido de respeito às medidas implementadas, admitiu que não gosta delas, mas que o momento é de reduzir o contato entre as pessoas.

No fim da tarde desta sexta, 55,8% dos 6.288 leitos de enfermaria do Rio Grande do Sul recebiam pacientes com Covid-19. Já em relação aos 2.734 leitos de UTI, a ocupação era de 93,9%, um recorde desde o início da pandemia. Em 56,1% dessas vagas, havia pacientes com coronavírus.

Em fim de janeiro, o governo do Rio Grande do Sul aceitou receber 50 pacientes dos estados do Amazonas e Rondônia, a pedido do Ministério da Saúde, diante do colapso do sistema de saúde na região Norte do Brasil.

O governador rebateu as críticas de quem ataca esse gesto de solidariedade. “Quem ataca isso, está admitindo que quer os pacientes à distância. Mas combate o distanciamento social quando defendemos que precisamos de distância entre nós. Porque, entre nós, não sabemos quem está e quem não está com o vírus”, advertiu.

Em relação às escolas, o governador defendeu manter a abertura, na bandeira preta: “A volta às aulas, no geral, deve acontecer nas bandeiras, vermelha, laranja e amarela. Na bandeira preta fica restrita à educação infantil e do 1º e 2º ano do ensino fundamental, porque é o momento em que fica difícil fazer o ensino remoto”, concluiu.

Correio do Povo

 


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