25/02/2021 às 15h25min - Atualizada em 25/02/2021 às 15h25min

RS registra recorde de ocupação de leitos de UTI na rede privada

Até às 15h desta quarta-feira, 749 pessoas estavam internadas para 736 leitos; Já na rede pública taxa de ocupação chega a 87,7%

Os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da rede privada operam acima da capacidade máxima no Rio Grande do Sul. Com taxa de ocupação de 101,8%, até às 15h desta quarta-feira, eram 749 pacientes recebendo tratamento intensivo para 736 leitos disponíveis.

A situação nos 1.962 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) também é crítica, já que, desse total, 1.722 estão ocupados, o que significa uma taxa de lotação máxima de 87,8%. Já a ocupação máxima dos leitos SUS e privados chega a 91,6%, segundo maior índice registrado desde o início da pandemia.

Dos 2.471 pacientes internados em UTIs, em ambas as redes (pública e privada), 1.323 (53,5%) estão com diagnóstico confirmado de coronavírus, 183 (7,4%)seguem aguardando o resultado dos exames, apesar de sentir os sintomas da doença, e 965 (39,1%) tratam outras enfermidades.

Em relação as macrorregiões, as situações mais críticas, na tarde desta quinta-feira, em leitos de UTIs eram: nos Vales (109,3%), na Serra (95%) e na Metropolitana (94,1%).

Comitê Científico alerta sobre a situação do Estado

Em nota, Comitê Científico Sobre o Momento Atual da Pandemia da COVID-19 Frente ao Agravamento da Situação Epidemiológica destacou a situação crítica vivida pelo Estado. Conforme os dados apresentados no documento, o cenário atual prevê que um em cada três pacientes internados na UTI por COVID-19 vão morrer em função da evolução da doença.

Além disso, a nota também emite um alerta para a população pois as equipes de saúde estão sobrecarregadas, com profissionais fazendo hora-extra, suspendendo férias após um ano exaustivo de trabalho na pandemia e vendo um aumento expressivo na gravidade dos casos internados.

O comitê destacou, ainda, que a abertura de leitos é importante. No entanto, pode ser insuficiente para conter o avanço da doença devido ao limite de recursos materiais e humanos.

Por conta disso, o documento volta a reiterar a recomendação de adoção de protocolos de bandeira preta e a aplicação de algumas medidas, como: realizar uma campanha de comunicação que aponte para a população a gravidade da situação, enfatizar a necessidade do cumprimento de medidas sanitárias e de isolamento social, além da recomendação da suspensão imediata do sistema de cogestão, que permitem que as regiões adotem medidas mais brandas em relação a classificação da bandeira.


Correio do Povo

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