18/01/2021 às 15h12min - Atualizada em 18/01/2021 às 15h12min

Vacinação começa com 6 milhões de doses para todo o país em grupo específico; saiba qual a previsão para obtenção de novas doses

Para o Rio Grande do Sul, foram destinadas 340 mil doses, que devem chegar na noite desta segunda-feira ao Estado

A vacinação contra a covid-19 começa nesta segunda no Brasil com o início da distribuição de 6 milhões de doses da CoronaVac, produzidas pelo Instituto Butantan e aprovadas pela Anvisa. Para o Rio Grande do Sul, foram destinadas 340 mil doses, que devem chegar na noite desta segunda-feira ao Estado.

— A prioridade de vacinação, além dos profissionais de saúde, é para indígenas e idosos abrigados em asilos e com mais de 75 anos. Também pretendemos antecipar a imunização dos profissionais de educação. Queremos o quanto antes voltar às aulas de forma presencial — disse o governador Eduardo Leite em evento de entrega das doses para os Estados na manhã desta segunda-feira (18), em São Paulo.

Agora, a expectativa é para o desembarque das vacinas da AstraZeneca produzidas na Índia e de um novo lote da CoronaVac, que somariam outras 6 milhões de doses ao Plano Nacional de Imunização. Veja abaixo qual é a previsão para que novas vacinas sejam produzidas ou para que desembarquem no Brasil.

Oxford-AstraZeneca

  • Quantas doses: 2 milhões
  • Previsão: até 90 dias

O uso de 2 milhões de doses emergenciais da vacina da AstraZeneca foi pedido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e autorizado pela Anvisa no domingo (17). O governo federal fala em “movimentos diplomáticos fortes” para que a Índia libere as doses fabricados no país, com expectativa de liberação “até o final da semana”, segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. 

Porém, o prazo máximo de liberação, em contrato, é de 90 dias. Por meio da Fiocruz, o governo adquiriu 100,4 milhões de doses prontas da vacina por US$ 250 milhões e deverá ser capaz de produzir outras 110 milhões de doses ao longo do ano, por meio da transferência de tecnologia.

Em 28 de dezembro, o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, detalhou o cronograma do imunizante em entrevista ao "Gaúcha Atualidade", ressaltando que a Fiocruz pretendia começar a produzir o imunizante ainda em 20 de janeiro, de forma escalonada. Segundo Krieger, a Fiocruz deve começar com a fabricação de 1 milhão de doses por semana até chegar a 3,5 milhões a cada sete dias.  

Contatada por GZH, a AstraZeneca disse estar "trabalhando atualmente para apoiar o desenvolvimento da produção no Brasil de 100,4 milhões de doses da vacina. A empresa continua trabalhando para liberar os lotes planejados de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) para a vacina o mais rápido possível".

CoronaVac

  • Quantas doses: 4,6 milhões
  • Previsão: assim que autorizadas pela Anvisa

Após conseguir a autorização para o uso de 6 milhões de doses importadas da China, o Instituto Butantan busca junto à Anvisa a autorização para o uso de 4,8 milhões de doses da CoronaVac prontas já produzidas no Brasil. O pedido foi feito ainda nesta segunda-feira (18). 

Se o primeiro pedido demorou 10 dias para obter a autorização, esse deverá ser mais ágil. A próxima etapa é a importação de insumos chineses para a produção de mais 11 milhões de doses em solo brasileiro em um primeiro momento. 

O Ministério da Saúde tem contrato com o Instituto Butantan que prevê a compra de 100 milhões de doses da vacina CoronaVac — o número equivale a todo o estoque do instituto. Até abril, o Butantan deverá fornecer 46 milhões de doses. Outras 54 milhões chegariam até o fim do ano.

Pfizer-BioNTech

  • Quantas doses: 70 milhões
  • Previsão: desconhecida

Primeira vacina aprovada internacionalmente, ela faz parte do plano de vacinação do Ministério da Saúde, mas ainda não há pedido de uso emergencial encaminhado à Anvisa. Segundo o presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, a empresa negocia o fornecimento de 50 milhões de doses em 2021, as primeiras ainda no primeiro trimestre. A vacina da Pfizer tem o complicador de exigir refrigeração a -70°C, um complicador logístico no Brasil. A empresa já concluiu os estudos clínicos da fase 3.

Janssen

  • Quantas doses: 38 milhões
  • Previsão: desconhecida

A vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, está realizando a fase 3 dos estudos clínicos no Brasil e também teve as doses contabilizadas no plano de vacinação do Ministério da Saúde. Todavia, não há previsão para a vacina estar em circulação no Brasil. Fora do país, as primeiras doses da marca devem ser comercializadas em fevereiro. A expectativa é alta pelas particularidades da vacina: é de fácil conservação e necessita de apenas uma dose.

Sputnik V

  • Quantas doses: 10 milhões
  • Previsão: desconhecida

A Anvisa recusou, no sábado (16), o pedido de uso emergencial da Sputnik V. O pedido foi protocolado pelo laboratório União Química, que pedia autorização para o uso de 10 milhões de doses por falta de requisitos mínimos para análise. O laboratório prometeu entregar todas as informações necessárias em uma semana. O laboratório pede que o uso seja autorizado simultaneamente à realização da fase 3 dos estudos clínicos no Brasil.

Vacinas do Covax Facility

  • Quantas doses: 42,5 milhões
  • Previsão: desconhecida

No plano de vacinação do governo federal, 42,5 milhões de doses viriam por meio do Covax Facility, consórcio coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para adquirir as vacinas de diferentes laboratórios e distribuir de forma justa a 190 países em desenvolvimento. Para aderir ao consórcio, o Brasil investiu R$ 2,5 bilhões. Até agora, o consórcio já fechou acordos por 2 bilhões de doses. O plano é distribuí-las até o final de 2021, com prioridade aos países mais pobres.


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