03/12/2020 às 07h44min - Atualizada em 03/12/2020 às 07h44min

Câmara aprova MP que destina R$ 1,9 bi para compra de vacina

 

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, a Medida Provisória 994/20, que abre crédito extraordinário de R$ 1,995 bilhão para compra de tecnologia e a produção de uma vacina contra a Covid-19. Os recursos serão destinados a custear o contrato entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, e o laboratório AstraZeneca. A empresa desenvolve um imunizante em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.

A matéria segue agora para análise do Senado, e precisa ser aprovada até esta quinta-feira para não perder a validade. O projeto passou sem emendas ao texto original do governo, por votação simbólica, em sessão virtual. Em virtude da urgência do tema, a oposição retirou a obstrução aos trabalhos há cerca de dois meses. De acordo com a relatora, deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), do valor total da MP, R$ 400 milhões seguem com aplicação pendente. Dessa forma, a matéria precisa ser aprovada pelo Congresso para assegurar o repasse final. Caso a eficácia do imunobiológico seja comprovada, o Brasil deve produzir 100 milhões de doses.

Acordo
O acordo entre Fiocruz e AstraZeneca é resultado da cooperação entre o governo brasileiro e o governo britânico, anunciado em 27 de junho pelo Ministério da Saúde. O próximo passo é a assinatura de um contrato de encomenda tecnológica, previsto para este mês, que garante o acesso a 100 milhões de doses do insumo da vacina, das quais 30 milhões de doses entre dezembro e janeiro e 70 milhões ao longo dos dois primeiros trimestres de 2021. Em todo o mundo, essa é uma das vacinas em estágio mais avançado.

Custeio
Do total de recursos a serem liberados, o Ministério da Saúde prevê um repasse de R$ 522,1 milhões na estrutura de Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos, a fim de ampliar a capacidade nacional. Um total de R$ 1,3 bilhão se referem a pagamentos previstos no contrato de encomenda tecnológica. 
O acordo prevê também o início da produção da vacina no Brasil a partir de dezembro deste ano e garante total domínio tecnológico para que Bio-Manguinhos tenha condições de produzir a vacina de forma independente.


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