O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publica, na próxima semana, o edital do processo seletivo simplificado para contratar recenseador e supervisor para o Censo 2020. Só no Rio Grande do Sul, serão selecionados 11,1 mil recenseadores e 1,5 mil supervisores. As pesquisas devem ser aplicadas a partir de agosto.
A partir do lançamento do edital, no dia 18, vai ser possível saber o valor da taxa de inscrição no processo e do valor que os selecionados receberão por coleta. Conforme o IBGE, cada recenseador precisa dar conta de cerca de mil habitantes, o que significa média de 380 domicílios no período de três meses. O tempo de questionário básico é de cerca de quatro minutos, sendo necessário que o trabalhador realize de 10 a 15 por dia.
“Tem recenseador que, muitas vezes, acaba desistindo do trabalho. Porque dispõe de pouco tempo pra trabalhar. Se produzir dois ou três questionários em média, a rentabilidade é pequena”, explicou o coordenador de operações no Rio Grande do Sul, Luis Eduardo Puchalski.
A coleta de dados é feita com a utilização de smartphones, onde é utilizado um formulário eletrônico. A remuneração para supervisor é de R$ 1,7 mil enquanto o recenseador recebe por produção, que estando dentro da meta, pode ficar na casa de R$ 1,2 mil.
As inscrições para a prova de seleção ficarão abertas de 2 a 27 de março. Podem participar pessoas com mais de 18 anos que tenham ensino fundamental completo. Para o cargo de supervisor, é necessário ter ensino médio completo.
Conforme Puchalski, o ano de 2020 deve ser marcado pela inclusão das comunidades quilombolas no levantamento. “É muito esperado. Vai ser uma forma de dar visibilidade a essa parcela da população e para que eles possam depois requisitar políticas públicas”, disse. O IBGE também pretende incentivar o preenchimento de formulários pela Internet. No último censo, em 2010, o percentual de respostas pela web ficou em apenas de 0,06%.