12/09/2019 às 11h17min - Atualizada em 12/09/2019 às 11h17min

Polêmica entre Sindicato Médico e Hospital de Caridade

O Simers - Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, entrou em contato, na quarta-feira, com o Departamento de Jornalismo da Rádio Difusora e Jornal Atos e Fatos para emitir uma nota relatando a situação dos profissionais em relação do Hospital de Caridade de Três Passos.
Em nota, o Simers exigiu a substituição imediata da gestora do hospital. Segundo o Sindicato, teria ocorrido retaliação por parte do hospital para com a mobilização do corpo clínico devido aos atrasos dos honorários médicos.
Já o HCTP esclarece que os fatos citados não condizem com a veracidade e distorcem a realidade vivenciada pelo nosocômio. A direção da casa de saúde não nega que efetivamente os honorários de alguns profissionais médicos (não todos, já que o serviço de plantão médico e outras especialidades estão em dia) encontram-se atrasados desde março deste ano. Também ressaltam que nenhum médico foi demitido ou desligado como forma de retaliação.
Confira na íntegra as notas enviadas ao Departamento de Jornalismo da Rádio Difusora e Jornal Atos e Fatos pelo Simers e HCTP: 
 
NOTA DO SIMERS
“Ao longo dos últimos meses, os médicos que atuam no Hospital de Caridade de Três Passos, em conjunto com o Simers – Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, tentam negociar com a direção da casa de saúde soluções para as precárias condições de infraestrutura e para os sistemáticos atrasos de pagamento das remunerações.  Em nenhum momento a direção do hospital apresentou propostas concretas para as demandas dos profissionais ou mesmo abriu um canal efetivo de diálogo. Mesmo assim, os médicos não deixaram, em nenhum momento, de atender as necessidades do hospital, mantendo a assistência à população.
Após reuniões, negociações e notificações do Simers ao hospital, surpreendentemente a resposta da direção ocorreu na forma da demissão de médicos. A entidade considera a atitude uma retaliação à mobilização do corpo clínico e entende que estão esgotadas as possibilidades de negociação com a atual gestão.  Dessa forma, os médicos formalizaram, no dia 5 de setembro, a exigência de substituição imediata da gestora do hospital, tendo como objetivo a retomada e avanço das negociações, viabilizando a manutenção dos atendimentos para a população da cidade e da região. 
O Diretor de Interior do Simers, Fernando Ubérti, entende que a situação é grave e que precisa de soluções imediatas. ‘Os médicos há alguns meses tentam o diálogo e a solução negociada com a gestão do hospital, sem sucesso. Como resposta, temos demissões de médicos, o que parece uma clara retaliação. Manter a assistência à população de Três Passos e região não pode ser esforço de somente uma das partes. Nesse sentido, esgotaram-se as possibilidades de entendimento com a atual gestora’, afirmou”.
 
NOTA DO HCTP
“A Associação Hospital de Caridade Três Passos, através da sua diretoria e administração, em resposta a NOTA divulgada pelo SIMERS, vem esclarecer que os fatos ali relatados não são verídicos e distorcem a realidade vivenciada pelo HCTP.
Não se nega que efetivamente os honorários profissionais de alguns profissionais médicos (não todos, já que o serviço de plantão médico e outras especialidades estão em dia) encontram-se atrasados desde março do corrente ano.
O HCTP louva a conduta dos profissionais que, mesmo sem o recebimento de seus honorários, continuaram e continuam a atender a população de Três Passos e região.
Todavia, a direção do HCTP manteve conversas, em mais de uma oportunidade, com a Diretora do Corpo Clínico da Casa de Saúde, demonstrando, sim, interesse em resolver a questão referente ao atraso de pagamento dos honorários dos profissionais médicos dos anos de 2016 e 2017, dívida que sequer é da gestão atual, e, principalmente, do débito referente ao corrente ano. Foi explanado que recentemente o HOSPITAL esteve em instituições financeiras para fins de angariar recursos e conseguir quitar a dívida, já que com os valores que são recebidos pelo Governo Federal, Estadual e Municipal não há condições de resolver a pendência.
Nenhum médico foi demitido ou desligado como forma de retaliação, conforme maliciosamente mencionado pelo SIMERS. Questiona-se qual profissional que foi desligado recentemente? Isso não ocorreu, de forma alguma.
O pedido de substituição da gestora foi recebido e está sendo analisado pela Diretoria, a qual tem mantido conversas com todos os profissionais médicos da Casa de Saúde. 
O HCTP está se esforçando para resolver os problemas financeiros e busca resolutividade com os profissionais médicos de forma individual, sem intermediação por parte do SIMERS, que tenta apenas disseminar informações infundadas, tal como a divulgada nesta data”.

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