A partir de 2020, uma parcela dos alunos que prestarem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) fará provas digitais, conforme anunciou, na manhã desta quarta-feira (3), o Ministério da Educação (MEC). O projeto piloto tem como objetivo instituir, progressivamente, os testes por meio digital extinguindo, em 2026, as provas em papel.
De acordo com a pasta, hoje, a realização das avaliações tem custo aproximado de R$ 500 milhões, que incluem gastos com logística e impressão dos cadernos. Mesmo com tanto investimento, a taxa de abstenção é alta, girando em torno de 25%, afirmou Lopes. Segundo ele, o deslocamento é o fator preponderante nessas faltas. Ao tornar o processo digital, esse problema seria reduzido, estima o presidente do Inep, instituto que realiza o Enem.
— Vamos fazer vários Enems ao longo do ano, por meio de agendamento — destaca Lopes.
Os testes digitais devem começar já em 2020, quando 50 mil alunos de 15 capitais poderão optar pela prova digital. Essa opção será feita no momento da inscrição e respeitará a "ordem de chegada". A versão digital da avaliação está prevista para os dias 11 e 18 de outubro de 2020, enquanto a prova regular deve ocorrer nos dias 1° e 18 de novembro. Alunos que enfrentarem qualquer problema nos dias de testes ainda terão a possibilidade de participar da já existente reaplicação das provas, feita em dezembro. Os custos estimados para a aplicação desse piloto no ano que vem, afirma o Inep, é de R$ 20 milhões.
Em 2021, as duas versões de provas serão ofertadas. No entanto, as avaliações digitais serão feitas em duas oportunidades. A ideia do MEC é que até 2026 a transição do analógico para o digital esteja completa.
— A partir de 2026, a gente vira a chave e passa a ter Enem digital para 100% dos alunos —garante Lopes.
A mudança não deve contemplar investimentos com compra de computadores. A pasta estima que, até 2026, a maior parte das escolas já esteja adaptada às provas digitais.