No Grande Expediente da sessão plenária desta terça-feira (2), a deputada Zilá Breitenbach (PSDB) destacou a Semana de Rastreamento do Câncer Colorretal, realizada de 1° a 7 de abril dentro da campanha de conscientização sobre a grave incidência da doença na população do Rio Grande do Sul. A Lei 14.365/13, que define 6 de abril como o Dia Estadual de Rastreamento ao Câncer Colorretal, é de autoria da parlamentar, que deu ênfase à prevenção da doença. Da tribuna, a deputada referiu que esse tipo de câncer letal é o terceiro com maior incidência, ficando atrás apenas dos cânceres de pulmão e mama. “São 1,4 milhões de casos novos, em nível mundial”, observou Zilá, detalhando que no Brasil a doença é a segunda mais incidente entre as mulheres, depois do câncer de mama. Entre os homens, é o terceiro câncer mais frequente, depois de próstata e pulmão. Em 2015, foram 16.697 vítimas da doença no país. O Instituto Nacional do Câncer, Inca, estima em 36 mil os novos casos, sendo 18 mil em mulheres e 17 em homens. Um dos tipos de câncer mais comum do mundo, o colorretal registrou 1,8 milhão de novos em 2018, conforme o Fundo Mundial para Pesquisa de Câncer. Outra observação da deputada foi quanto ao risco de desenvolver a doença, que é de uma em 24 mulheres (4,15%) e um em 22 homens (4,49%), de acordo com a Sociedade Americana do Câncer. Embora um dos tumores mais letais, “a doença é tratável e frequentemente curável”, disse Zilá, dependendo do estágio em que é descoberta, o que torna fundamental o diagnóstico precoce. Ela frisou que “muitos hospitais e secretarias de saúde têm equipamentos de diagnóstico, os exames de colonoscopia, mas sem a saúde preventiva o cidadão não terá o alerta de que poderá ter esse tipo de câncer”. Mudança de hábitos A colonoscopia é o exame padrão para investigar doenças do cólon e reto, com capacidade para localizar a lesão e permitir biópsia para confirmação. Observou, também, que Porto Alegre foi a primeira cidade do país a oferecer rastreamento para câncer de intestino pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em parceria com o INCA e da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Outra novidade, afirmou a deputada, é de que brasileiros descobriram que 16 bactérias da microbiota intestinal podem indicar câncer colorretal em estágio inicial. Zilá destacou o apoio de diversos institutos, como Imama, e as ligas femininas de combate ao câncer, pelas campanhas que realizam para alertar e prevenir a população. Nesse sentido, salientou a lei em vigor desde 2012, que dá o direito ao tratamento no período de 60 dias depois de diagnosticado o câncer, mas ainda desconhecida, “temos que avançar”, afirmou, tendo em vista a escassez de recursos na saúde. Os portadores de câncer têm benefícios no saque do FGTS, do PIS-PASEP, auxilio-doença, aposentadoria por invalidez, tratamento fora do domicílio, isenção no imposto de renda, financiamento da casa própria, isenção do IPTU, e as mulheres têm as cirurgias de reposição das mamas. Pediu mais recursos em campanhas de prevenção do câncer colorretal, que avança também entre os jovens. Apartes |