18/02/2019 às 10h02min - Atualizada em 18/02/2019 às 10h02min

Com iminente saída de Bebianno, militares e PSL disputam vaga no Planalto

General da reserva Floriano Peixoto é o nome mais cotado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência

GaúchaZH
Dois militares estão na lista de possíveis ocupantes do cargo - Fernando Souza / AFP
A iminente queda do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, diante do agravamento da crise sobre as supostas candidaturas laranjas no PSL, abriu nos bastidores do governo uma disputa sobre o futuro da pasta. Militares e quadros do partido almejam o comando do ministério, localizado no privilegiado quarto andar do Palácio do Planalto.
O partido do presidente Jair Bolsonaro defende que é necessário manter a representatividade das atuais duas pastas no governo: Bebianno na Secretaria-Geral e Marcelo Alvaro Antonio no Turismo. 
Há ainda a possibilidade de o presidente Bolsonaro extinguir a Secretaria-Geral, que ficou esvaziada depois que ele removeu de sua estrutura a Secretaria de Comunicação Social (Secom) e o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), que foram para a Secretaria de Governo.
Na frente militar, o favorito para assumir o lugar de Bebianno é o general Floriano Peixoto, hoje secretário-executivo do ministério. A ideia é que, confirmada a demissão do titular, prevista para esta segunda-feira (18), ele passe a ocupar interinamente a função.
Peixoto é general da reserva do Exército e foi comandante da missão no Haiti. Chegou a ser indicado por Bebianno para assumir a Secom durante o governo de transição, mas teve seus planos frustrados quando Bolsonaro retirou a secretaria da pasta. 
Além dele, outro militar da reserva está na lista de possíveis ocupantes do cargo, o general Maynard Marques de Santa Rosa, que hoje ocupa a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) do ministério. Aliados do vice-presidente, general Hamilton Mourão, defendem, por exemplo, que seja ele o novo chefe da Secretaria-Geral. Mourão já disse em entrevistas que gostaria de ter uma função administrativa no governo.
Entre essas possibilidades, a indicação do PSL é vista como a menos provável. Há um temor de que as suspeitas envolvendo repasses de verbas públicas a candidatos de Minas Gerais e Pernambuco sejam encontradas em outros Estados do país e a crise se espalhe ainda mais pelo governo.

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