16/09/2022 às 16h18min - Atualizada em 16/09/2022 às 16h18min
Três Passos: Saúde busca alternativas para falta de medicamentos
Assessoria de imprensa da prefeitura de Três Passos
Assim como em 80,4% dos municípios do país, Três Passos vem sofrendo com a falta de medicamentos. A Secretaria Municipal de Saúde relata que remédios básicos como a dipirona e o paracetamol, para tratar dores e febre, e o antibiótico amoxicilina, indicado contra infecções, estão na lista de medicamentos em falta. Um dos motivos que gera o desabastecimento de determinados itens na Farmácia Básica e nas farmácias das Estratégias de Saúde da Família (ESF’S), informa o Setor Farmacêutico, são os atrasos no recebimento dos pedidos dos medicamentos que são disponibilizados pela rede municipal. A responsável pelo Setor de Farmácia, farmacêutica Daniela Fritz Bratz, destaca que o atraso sequencial no recebimento destes medicamentos ocorre em virtude de diversos fatores, como: a escassez de matéria-prima para a produção dos mesmos (importadas principalmente da Índia e da China); pandemia do Coronavírus que ocasionou a diminuição da produção de insumos e embalagens; desembaraço aduaneiro com sucessivos atrasos decorrentes da falta de pessoal e aumento de controle sanitário; elevação do custo dos insumos; alteração de rotas e transporte gerados pela guerra da Ucrânia, entre outros. Importante salientar que a falta de medicamentos é registrada em todo o território nacional, não somente no setor público municipal, mas também em farmácias particulares e hospitais, como tem sido noticiado com frequência pelos meios de comunicação. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) destacou que há falta de remédios em oito a cada 10 cidades do país. Em Três Passos, dos 126 medicamentos fornecidos pela rede pública municipal, em torno de 18 itens estão em falta. “Justamente estes remédios que estão faltando são os mais procurados pela população”, acrescentou a farmacêutica Daniela. O secretário Municipal de Saúde, vice-prefeito Rodrigo Ipê, salienta que a gestão pública municipal está buscando alternativas para que a população sinta o menos possível o reflexo do desabastecimento de remédios.
“Estamos trabalhando continuamente junto aos fornecedores para que promovam a entrega dos medicamentos em falta o mais breve possível, a fim de que os estoques sejam reabastecidos e a população não fique desassistida, além disso temos autorizado a aquisição em farmácia particular”, explicou ele.
*Município utiliza licitação para aquisição em farmácia particular*
Para buscar suprir a falta de medicamentos na Farmácia da Rede Municipal e não deixar os munícipes desassistidos, a Administração Municipal se utiliza de licitação para que a aquisição do remédio seja feita em uma farmácia particular. Para ter acesso, o paciente deve apresentar o laudo médico, justificando a necessidade de fazer o uso de tal medicamento. Esse benefício também é concedido em casos em que o munícipe não tem condições financeiras de adquirir a medicação. Ainda, explica a farmacêutica Daniela, existem medicamentos que podem ser encaminhados pela farmácia do Estado e, se a medicação de uso contínuo for de alto valor e não constar em nenhuma lista (Município ou Estado), o paciente tem a possibilidade de buscar a concessão via judicial e requerer que os órgãos forneçam em conjunto o medicamento.