24/10/2024 às 09h48min - Atualizada em 24/10/2024 às 09h48min
Retomada do programa Telessaúde depende de negociações entre governo federal e UFRGS
Gaucha ZH
Félix Zucco / Agencia RBS O canal nacional de consultoria para médicos, vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), segue desativado dois meses após a suspensão. O Telessaúde RS encerrou os atendimentos em agosto, alegando falta de recursos por parte do Ministério da Saúde. Desde então, impasses entre o governo federal e a universidade seguem travando a retomada do serviço.
O programa operou por 11 anos após contrato firmado entre o governo estadual e federal. O serviço atendeu mais de 450 mil pessoas. Na prática, profissionais de todas as regiões do Brasil tiravam dúvidas sobre diagnósticos e tratamentos através do 0800. O canal atendia médicos de atenção primária, especialmente do Sistema Único de Saúde (SUS).
No dia 30 de agosto o projeto deixou de funcionar. De acordo com o coordenador, Roberto Umpierre, o Ministério da Saúde alegou falta de recursos para a continuidade do trabalho. Na época, o governo federal afirmou que a paralisação do serviço não ocorreu por decisão da pasta.
Após quase dois meses, integrantes do Ministério da Saúde, Secretaria Estadual da Saúde (SES) e da UFGRS se reuniram na tentativa para a retomada do Telessaúde. No entanto, a situação segue indefinida.
Procurado pela reportagem de Zero Hora, o Ministério da Saúde confirmou as tratativas e afirmou em nota que um novo convênio está em fase final de elaboração. Com isso, segundo a pasta, vai ser possível manter os atendimentos.
Conforme Umpierre, a coordenação do projeto enviou ofícios ao Ministério da Saúde, mas não houve retorno. Dos 40 profissionais que trabalhavam exclusivamente no programa nacional, 15 foram desligados. Outros foram realocados a programas estaduais. A UFRGS confirma estar trabalhando em um novo projeto com o Ministério da Saúde para o próximo ano.
Atualmente, o serviço segue sendo oferecido para o Rio Grande do Sul. Os profissionais fazem a regulação ambulatorial, orientando equipes dos municípios sobre casos e encaminhamentos. Também há telediagnósticos e consultas em oftalmologia à distância.