14/07/2022 às 10h21min - Atualizada em 14/07/2022 às 10h21min

Perguntas e respostas: como fica a vacinação de crianças de três a cinco anos com a CoronaVac

Gaucha ZH
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quarta-feira (13), o uso emergencial da vacina contra a covid-19 CoronaVac para crianças de três a cinco anos. A inclusão do imunizante na campanha nacional contra a doença provocada pelo coronavírus depende, agora, de iniciativa do Ministério da Saúde. Em nota enviada pela assessoria de imprensa, a pasta informa que "o Ministério da Saúde vai avaliar, junto à Câmara Técnica Assessora em Imunizações, o uso do imunizante nesta faixa etária". A reportagem de GZH aguarda retorno sobre outros questionamentos, como uma previsão de prazo para que isso aconteça. Até o momento, a CoronaVac é aplicada em crianças a partir de seis anos. O público de cinco anos pode receber o imunizante da Pfizer. Confira, a seguir, um resumo sobre o que se sabe, até agora, a respeito da autorização da Anvisa e da utilização da CoronaVac no Brasil e em outros países.
 
Perguntas e respostas
O que foi definido na reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa?
Por unanimidade, os cinco diretores aprovaram o uso emergencial da vacina CoronaVac em crianças de três a cinco anos. A decisão foi tomada durante reunião extraordinária na tarde de quarta-feira (13), em que foram apresentados resultados de quatro estudos sobre o uso do imunizante nessa faixa etária. A CoronaVac já é usada, no Brasil, no público a partir de seis anos.
 
No que a decisão se baseou?

Após a apresentação de especialistas externos, profissionais da área técnica da Anvisa falaram sobre pesquisas do imunizante e deram parecer favorável à aplicação em crianças de três a cinco anos. "A totalidade das evidências científicas disponíveis sugere que há indicativos de benefícios para utilização da vacina na população pediátrica", diz o material divulgado na reunião. Por fim, os diretores da Anvisa votaram e aprovaram a liberação da CoronaVac para o grupo etário.
 
Existe uma versão infantil desse imunizante?
Não. A vacina é a mesma para todos os públicos. 
 
Quantas doses são indicadas e qual o intervalo entre elas?

 O esquema previsto é de duas doses, com intervalo de 28 dias entre elas. 
 
E as crianças imunossuprimidas?
Os diretores chegaram a definir, na reunião, que a vacina não deveria ser aplicada em crianças imunossuprimidas (com problemas no sistema de defesas do organismo) de três a cinco anos, mas, ao final do encontro, voltaram atrás e decidiram autorizar o uso também para esse público específico. Considerou-se que não há opção — para crianças de cinco anos, recomenda-se a utilização do imunizante pediátrico da Pfizer, e, a partir dos seis, há disponibilidade de Pfizer e CoronaVac. Gustavo Mendes Lima Santos, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta quinta-feira (14), orientou que esses pacientes procurem orientação médica para mais detalhes sobre cada caso. 
 
O que deve acontecer a partir de agora?
O Ministério da Saúde deve definir o que será feito. Contatada pela reportagem de GZH, a assessoria de imprensa da pasta se limitou a enviar uma breve nota: “O Ministério da Saúde vai avaliar, junto à Câmara Técnica Assessora em Imunizações, o uso do imunizante nesta faixa etária”. Todas as orientações sobre a campanha de vacinação são repassadas do governo federal a Estados e municípios, que se organizam localmente.
 
A produção de CoronaVac foi suspensa pelo Instituto Butantan. Haverá vacinas para as crianças de três a cinco anos?
O Butantan interrompeu a fabricação por falta de pedidos. Em nota divulgada na quarta-feira (13), após o anúncio da Anvisa, o instituto informou que "espera agora que o imunizante seja incorporado ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, de acordo com a demanda necessária e mediante contratação". 
 
Quantas crianças poderão ser vacinadas quando houver liberação para início desta etapa da campanha?
A projeção é de que mais de 5,9 milhões de crianças de três a cinco estejam aptas a se imunizar contra a covid-19 no Brasil, sendo cerca de 420 mil no Rio Grande do Sul.
 
Qual o histórico da CoronaVac no Brasil?

O pedido do uso para a faixa etária havia sido feito pelo Instituto Butantan em março deste ano. O imunizante está liberado para uso emergencial no Brasil desde janeiro de 2021 para pessoas a partir de 18 anos. A CoronaVac foi a primeira vacina contra a covid-19 autorizada e utilizada no país. Em janeiro deste ano, o uso da vacina foi autorizado para crianças e adolescentes de seis a 17 anos.

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