O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) do Rio Grande do Sul já identificou 20 casos de Covid-19 associados à variante ômicron. Desses, um teve confirmação por sequencimento genômico completo e entre os demais, chamados de casos sugestivos, a identificação ainda é parcial. Os dados foram divulgados no início da noite desta terça-feira. A nova linhagem do coronavírus é apontada como a responsável pelo aumento súbito de casos de Covid-19 em países da Europa e da África do Sul. Por isso, a Secretaria da Saúde (SES) mantém a necessidade de reforço das recomendações de prevenção: vacinação, uso de máscaras, higienização das mãos e distanciamento interpessoal. De acordo com a pasta, em todos os casos verificados até agora as pessoas apresentaram sintomas leves e não precisaram de hospitalização. Eles envolveram pessoas residentes ou visitantes de Porto Alegre (15 casos), Canoas (quatro) e Santa Cruz do Sul. Em pelo menos três casos a pessoa não tinha histórico de viagem ao exterior nem contato recente com quem tenha vindo de outro país. Caso algum desses sem viagem ou contato com quem viajou venha a ser confirmado pelo sequenciamento genômico completo, fica caracterizada a transmissão comunitária, quando se considera que o vírus já circula livremente em território estadual. A SES salienta que, segundo critérios do Ministério da Saúde, somente com a detecção por sequenciamento completo é possível confirmar um caso de variante do coronavírus. Ainda assim, outras técnicas laboratoriais e clínicas podem indicar que a infecção é sugestiva ou provável de uma linhagem específica. No Rio Grande do Sul, 11 casos tiveram esse diagnóstico por meio de um exame de RT-PCR de inferência. Esse exame é capaz de reconhecer partes específicas do vírus do SARS-CoV-2, que são diferentes de uma variante para a outra. Dentro do possível, todas as amostras com essa detecção são submetidas, posteriormente, ao exame do sequenciamento completo, embora esse segundo teste possa ser prejudicado pela qualidade do restante de amostra. Nem sempre é possível uma nova coleta do paciente, visto que a carga viral já pode ter diminuído na pessoa. Outros oito casos foram classificados como sugestivos por serem pessoas com sintomas gripais e que tiveram contato com algum outro caso já identificado. São situações em que é realizada a coleta de amostras dessas pessoas, embora haja a possibilidade de os exames laboratoriais não detectarem a presença do vírus caso a carga viral esteja muito baixa.