O Ministério da Saúde prorrogou até o dia 9 de junho a campanha de vacinação contra a gripe para a população prioritária. O motivo é a baixa adesão do público-alvo. De acordo com o governo, nenhum dos grupos do público-alvo atingiu a meta de vacinação, de 90%. Dos mais de 43 milhões que fazem parte da população prioritária, apenas 63,5% se vacinaram. O Rio Grande do Sul tem 74% de cobertura e está entre os estados que teve maior cobertura de vacinação no país, até o momento. A região com menor adesão foi o Norte do País, onde apenas 58,17% do público-alvo foi imunizado. Apesar da divulgação da prorrogação da campanha, por parte do Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual da Saúde vai definir na próxima segunda-feira os detalhes como se dará a continuidade da vacinação no estado.
Entre os públicos-alvo, os idosos registraram a maior cobertura vacinal, com 15,1 milhões de doses aplicadas, o que representa 72,4% deste público, seguido pelas puérperas (71,2%) e indígenas (68,6%). Os grupos que menos se vacinaram são as crianças (49,9%), gestantes (53,4%), professores (60,2%) e trabalhadores de saúde (64,2%). Além do grupo prioritário, também foram aplicadas 7,1 milhões de doses nos grupos de pessoas com comorbidades, população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional.
Entre os estados, o que menos vacinou foi Roraima, com apenas 47,9% da meta atingida. Os estados com a maior cobertura de vacinação no país, até o momento, são: Amapá (85,7%), Paraná (78,1%), Santa Catarina (77,7%), Rio Grande do Sul (74%), e Goiás (70,1%). Já os estados com menor cobertura são: Roraima (47,9%), Rio de Janeiro (49%), Pará (52,1%), Mato Grosso (55,8%), Rondônia (56,2%), Acre (56,4%) e Mato Grsosso do Sul (57,1%). Entre as regiões do país, o Sul apresenta maio cobertura vacinal, com 76,3%, seguida pelas regiões Centro-Oeste (63,7%), Nordeste (62,3%); Sudeste (61,2%) e Norte (58,2%).
RS registra sete mortes por gripe em 2017
Ontem, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou mais duas mortes atribuídas à gripe, em 2017. O total desde janeiro, com isso, sobe para sete. As vítimas foram um homem de 45 anos, morador de Harmonia, no Vale do Caí, e uma idosa, de 92, que residia em Canoas, na região Metropolitana.
Conforme a Pasta, os dois casos envolveram o vírus Influenza A H3N2, mas ainda não há informações se as vítimas possuíam doenças associadas e se haviam se vacinado contra a gripe. Nos outros casos de óbito, as pessoas eram moradoras de Nova Santa Rita, Venâncio Aires, Dom Pedrito e Porto Alegre (que registra três mortes até o momento). Nenhum deles havia se imunizado e todos tinham comorbidade.
