O julgamento presidido pelo juiz Silvio Viezzer foi realizado no Salão do Júri da Comarca de Caxias do Sul sem a presença do público e da imprensa, já que o processo envolvia uma menor de idade e tramitou em segredo de justiça. A sessão durou mais de 12h e terminou por volta das 19h30. Pela manhã, foram ouvidas quatro testemunhas de acusação. O réu seria interrogado em seguida, mas preferiu permanecer em silêncio.
Durante a tarde, os debates orais ficaram a cargo do promotor João Francisco Ckless Filho, do assistente de acusação Matheus Bertaiolli Rodrigues e dos advogados de defesa. Logo após, os sete jurados se reuniram para votação. Todos os protocolos de prevenção foram observados, como distanciamento, uso de máscaras e de álcool em gel. Apenas os envolvidos na sessão puderam ter acesso ao local.
Relembre o caso
Naiara Soares Gomes foi considerada desaparecida após ir para a escola, no bairro São Caetano, em 9 de março de 2018. Imagens de câmeras de segurança mostravam a menina andando sozinha pelas ruas. No dia 21, o corpo de Naiara foi encontrado pela polícia às margens da Barragem do Faxinal, no interior de Caxias do Sul. No mesmo dia, um homem foi preso suspeito pelo crime, e confessou ser o autor. Laudos periciais confirmaram que Naiara morreu por asfixia, e que foi estuprada antes de morrer. A Polícia Civil indiciou o homem por estupro de vulnerável com morte e ocultação de cadáver. Além disso, ele também foi condenado por outro crime, contra outra menina, que sobreviveu ao ataque. O caso gerou revolta na população de Caxias do Sul. A casa onde o homem morava, e onde ocorreram os estupros, foi demolida.