No Paraná, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), autarquia criada em 2012, tem orçamento anual de R$ 116,84 milhões e conta com mais de 800 profissionais (veja acima).
O secretário de Agricultura, Norberto Ortigara, explica que série de ações foram desenvolvidas para que se pudesse pedir o fim da imunização. Além da criação da agência, que permitiu valorização dos servidores com melhores salários, cita ainda o aumento da vigilância ativa, informatização dos processos e construção ou reforço das 33 unidades fixas na divisa com São Paulo. Há também um fundo para emergência sanitária que contabiliza R$ 79 milhões em caixa.
— É muito mais estratégia, parceria do que dinheiro. É uma pegada coletiva — avalia Ortigara.
Santa Catarina, único Estado brasileiro com status internacional de livre de aftosa sem vacinação, deixou de imunizar seu rebanho em 2000 e recebeu certificado de livre da doença em maio de 2007. No ano passado, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) teve investimento de R$ 214,3 milhões. Há 63 barreiras sanitárias fixas. Bovinos e bubalinos são identificados e rastreados.
O resultado da mudança foi crescimento dos embarques de carne. Em 2000, as exportações de suínos e aves somavam US$ 548,7 milhões e 520,2 mil toneladas. No ano passado, chegou a US$ 3,17 bilhões e 1,76 milhões de toneladas.
Tanto Paraná quanto Rio Grande do Sul anteciparam-se ao cronograma estabelecido pelo Ministério da Agricultura para o fim da imunização. O país foi dividido em cinco blocos, com PR, SC E RS formando um deles.