02/12/2019 às 08h50min - Atualizada em 02/12/2019 às 08h50min

À espera de respostas sobre a deriva do herbicida 2,4-D

Herbicida é aplicado nas lavouras de grãos antes do plantio para eliminação de ervas daninhas. Fernando Gomes/Agencia RBS

A semana começa com expectativa por respostas a questões relacionadas à aplicação do herbicida 2,4-D. A primeira delas refere-se aos resultados do restante das análises encaminhadas pela Secretaria da Agricultura. Prometidos para esta segunda-feira (2), os laudos permitirão que se tenha panorama consolidado do tamanho do problema da deriva na atual safra. Na primeira leva, 100% de 76 amostras deram positivo para a presença do produto em outras culturas que não em áreas de soja, onde é aplicado. Outras 76 estão pendentes de avaliação.

Ponto importante a ser esclarecido é em relação aos 24 municípios onde as regras de aplicação do 2,4-D, criadas após o diagnóstico do problema na safra passada, estão em vigência. Os primeiros resultados apontaram deriva em somente 10 deles, o que foi considerado positivo pelo Ministério Público (MP) do Estado e pela secretaria. Produtores das culturas afetadas dizem que esse número irá crescer, com base nos relatos de suspeitas apresentadas. Saber a abrangência é relevante porque mostra eficácia ou não das medidas adotadas para tentar contornar o problema.

Até o momento, o número de suspeitas escalou significativamente. E os laudos de metade das amostras indicam comprovação da deriva maior do que em todo o ciclo anterior. Tanto que levaram o MP a recomendar a suspensão da aplicação, enquanto os fiscais estaduais agropecuários estiverem em greve. E essa é outra resposta aguardada: se a secretaria acatará a solicitação feita.

O prazo para esse retorno, segundo o MP, é de cinco dias – a contar da última quinta-feira (28). Mas o secretário Covatti Filho espera para hoje sinalizações da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). Uma delas é sobre a essencialidade dos serviços prestados pelos fiscais agropecuários. Se considerados imprescindíveis, afirma o titular da pasta, determinariam o retorno dos servidores à atividade e anulariam a necessidade da suspensão, uma vez que é válida somente durante a paralisação. Outro item é se a secretaria tem a competência para adotar a medida ou não.

O promotor de Justiça Alexandre Saltz, responsável por inquérito civil, diz que outra ação a ser adotada depende da manifestação da Agricultura. Quem está sendo afetado pela deriva tem pressa de ter essas respostas. 


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