A Polícia Civil investiga se foi ou não premeditado o acidente que vitimou Luiz Carlos da Silva Marques, de 63 anos, sargento da reserva da Brigada Militar, no choque entre uma van e um ônibus de turismo. A hipótese de que o policial militar tenha jogado o veículo deliberadamente contra o coletivo, com pelo menos 46 passageiros, surgiu porque, antes do acidente, que ocorreu às 6h40min deste domingo, no km 209 da BR 386, em Tio Hugo, a casa do sargento da reserva pegou fogo. O suspeito do crime, de acordo com a BM, é ele mesmo.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, quatro passageiros permanecem em estado grave e 43 tiveram ferimentos leves. O coletivo vinha de Quedas do Iguaçu (PR) e tinha como destino a Arena do Grêmio, onde ocorre o Gre-Nal.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o trânsito ficou em meia pista. De acordo com a PRF, a van, com placas de Capivari do Sul, percorria o sentido Capital-Interior quando invadiu a faixa contrária e bateu de frente com um ônibus, que fazia o sentido contrário.
Com o choque, o coletivo saiu da pista e caiu em um barranco. O motorista da van chegou a ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas morreu na hora. Alguns passageiros do ônibus foram atendidos pelo Samu no local e liberados em seguida. Outros foram encaminhados a hospitais de Passo Fundo, Soledade e Carazinho, municípios da região e próximos ao ponto do acidente.
Segundo a BM, uma equipe do Corpo de Bombeiros atendeu, horas antes, a ocorrência de incêndio na casa do ex-militar em Capivari do Sul. Quando chegaram ao local, os bombeiros encontraram uma caminhonete Toyota Hilux fora do pátio da residência. De acordo com o relato da ocorrência, vizinhos retiraram o veículo quando o fogo começou. Segundo os bombeiros, havia vestígios de gasolina no interior da caminhonete e uma caixa de fósforos em cima do banco. Ao lado do veículo, foram encontrados galões de gasolina, um deles cheio. A caminhonete também pertencia ao ex-PM.
A ex-mulher do brigadiano, de acordo com a ocorrência, foi localizada em Gravataí, onde foi à DP para registrar queixa. Segundo a BM, a mulher afirmou que o sargento da reserva havia ameaçado atear fogo na casa. O casal está em processo de separação e a mulher obteve medida protetiva.