26/02/2019 às 10h25min - Atualizada em 26/02/2019 às 10h25min

Com 112 anos, idosa de Três Passos pode ser uma das pessoas mais velhas do mundo

Nascida em 6 de dezembro de 1906, Dona Ramona pode estar entre os 40 mais velhos do mundo, segundo o instituto norte-americano Gerontology Research Group, que identifica pessoas com mais de 110 anos em vários países.

G1 Rio Grande do Sul
Reprodução RBS
Em Três Passos, na Região Noroeste, vive Dona Ramona Siqueira, de 112 anos, uma das pessoas mais velhas do Rio Grande do Sul. Nascida em 6 de dezembro de 1906, ela pode ser uma das 40 pessoas mais velhas do mundo, segundo o instituto norte-americano Gerontology Research Group, que identifica pessoas com mais de 110 anos em vários países.
"Até o momento nós recebemos alguns documentos que comprovam a idade da Dona Ramona, as quais eles ainda estão sob pesquisa, sob análise, para um possível validação. Porque é preciso provar no processo que o candidato que no caso dela, alega ter nascido em 1906, com documentação apresentada, seja a mesma pessoa que esta viva hoje com 112 anos de idade," explica o correspondente do Gerontology Research Group no Brasil, Ricardo Pereira.
Para ser reconhecida, a família ainda precisa apresentar outros documentos, mas a dona Ramona já é popular na cidade onde mora. Ela recebeu do município um certificado pelos 112 aniversários.
Nascida no início do século passado, Dona Ramona viveu em épocas bem diferentes das atuais, sem telefone ou televisão, muito menos celular.
A casa simples reflete como foi boa parte da vida da aposentada no interior do estado, na fronteira com a Argentina, em Porto Lucena, na Região Noroeste. Diversão para Dona Ramona, naquela época, era passear de canoa pelo Rio Uruguai.
“Gostava tanto de nadar, quanto de andar de canoa.”
 
Para a filha Izalina Geringer, o segredo da longevidade da mãe está na origem simples e no contato com a natureza.
“O segredo dela era ficar de pé descalço, toda a vida no contato com a terra. Hoje nos usamos uma botinha de plástico, um calçadinho, ela não usava."
A comida orgânica, plantada e colhida pela família, sempre foi a preferida de Dona Ramona. Todos os dias ela pede à filha para comer um ovo cozinho.
“ Comia muito peixe. Meu pai carneava muita criação de gado, então a gente comia carne seca e carne de caça", conta Dona Ramona.
Ela fala pouco, não enxerga e tem dificuldade para ouvir, mas mesmo assim não abre mão de alguns hábitos.
 
“Eu quando eu acordo, eu venho tomar chimarrão”, diz dona Ramona.
 
"Levantamos de manhã, daí ela se lava, eu trago ela devagarzinho no sofá. Ela senta e a gente vem tomar chimarrão, umas duas cuias. Depois ela toma o seu café e o remedinho”, conta Izalina.
Dos seis filhos que Dona Ramona teve, dois deles estão vivos. Tem ainda netos, bisnetos e tataranetos.
“Enquanto Deus deixar ela está feliz, né mãe. Dando risada comigo”, diz a filha.

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