21/11/2024 às 11h37min - Atualizada em 21/11/2024 às 11h37min
CCR ViaSul cava até oito metros de profundidade para encontrar canal danificado na freeway
Correio do Povo
Camila Cunha A CCR ViaSul ainda não tem prazo para liberação da freeway, no sentido Litoral-Porto Alegre, depois de uma cratera ter sido naturalmente aberta no asfalto na tarde do último domingo, no quilômetro 46 da rodovia, no município de Glorinha, junto à Área de Proteção Ambiental (APA) do Banhado Grande. Na manhã desta terça-feira, a concessionária trabalhava no local com três escavadeiras na superfície, mais uma mini-escavadeira na área de drenagem, onde foram confirmadas duas rupturas nos encanamentos, segundo a empresa.
A pista foi integralmente bloqueada entre os quilômetros 45 e 48, e o desvio é feito pelo lado contrário, em uma das faixas. A terceira pista no sentido Porto Alegre-Litoral também tinha bloqueios, em razão de trabalhos de contenção. A empresa precisou cavar até oito metros de profundidade, ante uma estimativa inicial de seis metros, para localizar os pontos rompidos. “A intenção é realizar o conserto ao longo do dia, para se possível, ainda hoje, trabalhar com o material para iniciar o aterro”, afirmou o gerente de Operações da CCR ViaSul, Paulo Linck.
De acordo com ele, a intenção é substituir a argila abaixo do asfalto por pedras, cuja colocação é mais rápida e permite a aplicação com chuva, conforme indicado pela meteorologia para esta terça e quarta. Ao todo, oito caminhões-caçamba atuarão na área. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuava também na área, na contenção dos desvios. A jornalista Anahi Fros foi uma das prejudicadas nos bloqueios da freeway no último domingo.
“Aproveitando uma rara oportunidade de curtir um feriado com meu filho de nove anos, fomos a Tramandaí no último final de semana, e já imaginava que o retorno seria demorado, mas não ao ponto que chegou”, disse ela, que saiu às 15h da rodoviária do município e chegou em Porto Alegre apenas às 22h30min. “A falta de informações na estrada e o sinal de Internet nulo em vários pontos foram fatores de agonia, além da inexistência de suporte da concessionária no trajeto”, acrescentou.
A CCR ViaSul havia feito inspeção nos canais de drenagem da rodovia pela última vez há cerca de 45 dias, sem constatar falhas, e afirma realizar o procedimento semestralmente. Diante da situação considerada inédita, a companhia disse que vai reforçar estes processos. Os encanamentos afetados haviam sido instalados originalmente durante a implantação da faixa adicional na freeway, por volta de 1997.