24/09/2024 às 10h55min - Atualizada em 24/09/2024 às 10h55min

Os números que explicam o baixo rendimento do Grêmio no Brasileirão.

GZH
Lucas Uebel / Divulgação Grêmio

Tricolor acumula estatísticas que apontam os problemas da equipe na competição.A vitória sobre o Flamengo ajudou o Grêmio na tabela de classificação do Brasileirão, mas não colaborou para apagar as dúvidas quanto ao rendimento do time. Desde as eliminações nas copas, a equipe passou a repetir os momentos de instabilidade que custaram as vagas na Copa do Brasil e na Libertadores. Um sinal de alerta que não passou despercebido para o treinador gremista.Em seu perfil no Instagram, Renato Portaluppi reconheceu o que ficou evidente para quem acompanhou a vitória por 3 a 2 do Tricolor sobre um time alternativo do Flamengo."Tínhamos plena consciência da grande responsabilidade de enfrentar o Flamengo. Mesmo com time alternativo, a equipe tem uma qualidade muito grande. Não fizemos nossa melhor partida, mas garantimos os três pontos, trazendo mais tranquilidade para seguir trabalhando e mirando objetivos maiores. Jogar na nossa arena faz toda a diferença. Somos mais fortes em casa. Se tivéssemos disputado o campeonato inteiro em nosso estádio, hoje estaríamos brigando pelo G4", comentou o treinador.De acordo com dados do FootStats, o Grêmio é o 15º colocado no ranking de times com maior posse de bola no Brasileirão. Em média, após 25 jogos, o Tricolor fica com a bola apenas 47,83% do tempo, número que o coloca acima apenas de Atlético-GO, Cuiabá, Criciúma, Vitória e Fortaleza. O time de Vojvoda é quem tem menos a bola no Brasileirão, com só 44,15% de posse. Um número que sozinho não explica todas as causas das dificuldades gremistas na competição, mas aponta um caminho.— Para todo número, sempre há um contexto. Pode ter uma posse de bola imensa e isso não ser um ponto positivo. Há os times com pouca posse, mas com ótima produção. O exemplo do Fortaleza, com pouca posse, mas muito efetivo. Depende do executor do projeto. O calendário do Fortaleza é terrível, com as maiores distâncias a percorrer. Enxergamos um baita trabalho. Não dá para dizer o mesmo do Grêmio, que é um time que não é contundente e que cede oportunidades. É uma equipe que fica devendo — explicou Paulo Calçade, comentarista do grupo Disney.A falta de efetividade, quando tem a bola, também é observada nos números. O Grêmio é o oitavo time que menos acerta o gol dos adversários. Em média, são 4,75 finalizações corretas por partida. No ranking de finalizações certas concedidas, o Tricolor é o 12º clube que mais cede oportunidades aos adversários. São 4,96 em média contra a sua meta. Em outras métricas, no entanto, o Grêmio aparece em situação ainda pior. O clube é o 16º que mais troca passes certos, com 311.76 por jogo, e o quinto que mais permite que os adversários troquem a bola, com 376,36 — Se a gente somar isso à forma de marcar do time, que muitas vezes, na maioria dos jogos, marca por encaixes e perseguições, então você acaba exigindo mais participação dos jogadores na parte defensiva. Ao invés de proteger só o espaço, eles têm alvos a serem perseguidos. Isso dificulta bastante também um bom desempenho, um bom posicionamento, um sistema de coberturas mais confiável. A troca constante na defesa também, no miolo de zaga, é um problema. É algo que acaba dificultando, gerando insegurança — apontou o comentarista Rodrigo Coutinho, do Grupo Globo.Outro número que também liga um alerta na comissão técnica é a dificuldade de roubar a bola dos adversários. No quesito desarmes, o Grêmio é o time que menos rouba a bola no Brasileirão. Em média, são apenas 8,8 desarmes. O Vasco, líder no fundamento, recupera a bola, em média, 12,4 vezes por partida.


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