16/08/2024 às 10h58min - Atualizada em 16/08/2024 às 10h58min

Fumaça das queimadas na Amazônia visível no sul do Brasil.

Imagens de satélite mostram e confirmam que o corredor de fumaça alcançou a região.

guiacrissiumal.com.br
Clecio Marcos Bender Ruver

Um corredor de fumaça está se deslocando da região amazônica para o sul da América do Sul. Mais um resultado nefasto das queimadas que assolam não somente a Amazônia, como também o Pantanal.A fumaça, que se origina de queimadas na Bolívia, no Centro-Oeste do Brasil e na região amazônica, alcança o Centro da Argentina, o Uruguai e o Rio Grande do Sul, informa o MetSul. As imagens de satélite mostram e confirmam que o corredor de fumaça alcançou o território gaúcho.Julho de 2024 foi o pior mês de queimadas no Brasil em 20 anos. Segundo dados do Programa BDQueimadas, do INPE, foram11,4 mil focos, um recorde para o mês em quase vinte anos. O número de focos de calor na região chegou a 23.114, de 1º de janeiro até esta terça-feira, 30 de julho, uma alta de 71%, comparado com o mesmo período de 2023, quando foram registrados 13.458 focos. O Pará acumulou 4.639 queimadas nos últimos sete meses, cerca de 32% a mais do que no mesmo intervalo do ano anterior.Os próximos meses são os que mais preocupam, pois o verão amazônico está apenas no início. Além disso, o mês de agosto, na média histórica, costuma ser o segundo com mais incêndios na Amazônia, atrás apenas de setembro, quando ocorre o pico.No mês passado, o Amazonas concentrou mais de 37% do total de focos de incêndio, com 4.072 – novo recorde para julho no estado. O anterior era de 2020, com 2.119. O Pará ficou logo atrás, com 29% do total (3.265 registros).Não por coincidência, os dois estados são também os que tiveram mais alertas de desmatamento registrados no mês de julho pelo sistema DETER, do INPE: 182 mil km² (42%) e 115 mil km² (27%), respectivamente.


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