07/05/2024 às 10h41min - Atualizada em 07/05/2024 às 10h41min

Enchentes comprometem atividades nas fábricas do RS, e consequências colocam economia em estado de alerta.

Empresas e setores relevantes para o Rio Grande do Sul paralisam linhas de produção e já registram efeito do excesso de chuva.

GZH
Renan Mattos / Agencia RBS

Em paralelo a uma catástrofe humanitária que já deixou mais de 80 vítimas fatais, a atividade econômica do Rio Grande do Sul também está de joelhos diante dos efeitos da chuva e das enchentes. Empresas e setores relevantes na composição da renda das pessoas paralisam as linhas de produção e anotam, desde já, o que devem ser os efeitos econômicos da crise, não só para o Estado, detentor do quarto maior Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, mas para todo o país.

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Apenas 10 municípios, que figuram na lista dos mais afetados, responderam por 33,87% do PIB gaúcho em 2021, ano que que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a sua última base de dados (confira os números abaixo).Na Região Metropolitana, somente Porto Alegre (14,03% de participação no PIB), Novo Hamburgo (1,73%), São Leopoldo (1,87%) e Canoas (3,78%) somam mais de um quinto da atividade econômica do Estado e têm suas participações comprometidas em razão das enchentes.Na Serra, considerando só duas das mais afetadas e maiores cidades, essa participação no PIB é de 6,74%, resultado da soma entre Caxias do Sul (5,45%) e Bento Gonçalves (1,29%).Há ainda a região Central com Santa Maria respondendo a 1,64% do PIB e as cidades do Vale do Taquari que, juntas, têm cerca de 13% na composição da atividade econômica do Estado e já deram demonstração de sua relevância para a formação de riqueza e renda no Rio Grande do Sul nos resultados do PIB de 2023, comprometido por outra tragédia registrada em 2023. Somente Lajeado tem quase 1% da economia do Estado dentro de seu território, hoje devastado pelas águas.

Gigantes paradas

A Gerdau, maior produtora brasileira de aço, em nota, informa que, desde o início da semana passada resolveu, em respeito aos seus colaboradores e familiares, paralisar as atividades das unidades de Charqueadas e Riograndense (Sapucaia do Sul).A companhia ressalta que a paralisação das atividades não afetará entregas a clientes, e que nenhuma das unidades foi impactada pelos temporais. A decisão foi estabelecida visando, unicamente, a segurança das pessoas e "para que os colaboradores e colaboradoras possam estar próximos a suas famílias neste momento desafiador para o povo gaúcho".O mesmo aconteceu na Marcopolo. Ainda que as operações nas unidades localizadas em Caxias do Sul tenham sido retomadas nesta segunda-feira (6), de acordo com o comunicado, as áreas administrativas e de suporte trabalham remotamente, "enquanto os turnos permanecem suspensos para os colaboradores que moram em áreas em que o deslocamento está impossibilitado pelas chuvas".

Na Braskem, no Polo Petroquímico de Triunfo, a informação é de que, por motivo de força maior, as unidades encontram-se paradas em consequência de medida preventiva adotada na noite da última sexta-feira (3)No momento, técnicos realizam a supervisão e o acompanhamento das principais estruturas do complexo, que encontra-se com limitação de acesso, mas sem pontos de alagamento.O trabalho, diz o comunicado, tem sido feito em revezamento de equipes por meio de transporte aéreo e terrestre nas poucas regiões de acesso que permitem o trânsito seguro."Nosso foco agora está concentrado no apoio aos nossos integrantes impactados pelos eventos recentes, na reestruturação de nossa força de trabalho, no desafio das vias de acesso para restabelecimento do transporte de integrantes e fornecimento de insumos, bem como na organização de doações para a sociedade gaúcha", informou a Braskem.


 


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