06/05/2024 às 19h26min - Atualizada em 06/05/2024 às 19h26min

Situação seguirá crítica por longo período em áreas sob enchente, alerta MetSul.

Três Passos News
Foto: Cesar Lopes/PMPA/Divulgação

A MetSul Meteorologia alerta que o cenário crítico que se registra em Porto Alegre, na região metropolitana, dos vales e em outras cidades assoladas por enchentes seguirá com extrema gravidade por um longo período, com colapso de serviços públicos e a manutenção de alagamentos e inundações. O instituto adverte que alguns pontos de Porto Alegre e região, assim como dos vales, os mais castigados pelas cheias, serão inabitáveis por semanas a meses pela destruição das moradias, da infraestrutura e o colapso dos serviços públicos essenciais, que terão que ser reconstruídos.O comunicado do instituto destaca que o nível do Guaíba está ainda muito perto do pico superior a 5,30 metros alcançado no fim de semana. Embora a diminuição da vazão, o nível alto da Lagoa dos Patos e o grande volume de água descendo complicam o escoamento, mesmo com condições favoráveis de vento do quadrante Norte. O MetSul relembra que isso já havia sido observado na grande enchente de 3,18 metros de setembro do ano passado.De acordo com o instituto, o cenário se complica porque as condições meteorológicas, hoje excelentes, não vão seguir assim. “Na quarta, as áreas atingidas pelas enchentes na Grande Porto Alegre e nos vales podem voltar a ter chuva, mas não será precipitação com volumes altos que venha a interferir no nível dos rios. Na quinta, o ingresso de ar frio sem forte intensidade, além de trazer um refresco, vai ser responsável por causar vento do quadrante Sul no Norte da Lagoa dos Patos. O efeito será represamento do Guaíba que pode apresentar alta ou mesmo ter sua queda estancada ou reduzida por cerca de um dia”, explica o alerta do MetSul.Ainda de acordo com o alerta do insituto, a maior preocupação está nos indicativos dos modelos numéricos de que entre os dias 10 e 15 de maio haveria um novo episódio de instabilidade com risco de chuva excessiva no Rio Grande do Sul. Sem os volumes do final de abril e do começo de maio, mas que podem atingir acumulados elevados. A chuva afetaria Porto Alegre e as cabeceiras dos rios que desembocam no Guaíba. Além de interferir nos níveis dos rios, a chuva poderá trazer outro desdobramento. Como a rede pluvial está inundada em Porto Alegre pelas águas do Guaíba e por outros rios nas cidades do entorno, a água da chuva não vai conseguir escoar. Não será absorvida pela macrodrenagem, já saturada e colocando água para fora hoje por bueiros e bocas de lobo sob tempo ensolarado.


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