As câmeras para fardas de policiais gaúchos oferecidas pela empresa Advanta foram aprovadas nos testes práticos do governo do Rio Grande do Sul, o que abre caminho para a contratação e instalação dos equipamentos de monitoramento. Se não houver recursos e questionamentos judiciais, o governo do Estado estima que até agosto as primeiras câmeras corporais estejam instaladas nos uniformes dos policiais.Os equipamentos oferecidos pela Advanta passaram por dois dias de testes práticos, em 26 e 27 de março. Nesta quinta, a Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) afirmou, por meio de nota, que, “após avaliação de uma comissão, chegou-se à conclusão de que o modelo cumpre as exigências técnicas estipuladas pela secretaria”.O teste prático considerou 48 requisitos técnicos, avaliando pontos como duração da bateria, capacidade do sistema de armazenar com segurança as imagens, gravação em tempo integral e capacidade de transmissão das imagens ao vivo para uma central de monitoramento e geolocalização.O parecer da SSP favorável à contratação dos equipamentos será enviado, nesta sexta (5), à Central de Licitações do governo do Estado, que dará andamento ao trâmite jurídico para contratação da empresa. A licitação prevê a compra de 1,1 mil câmeras, sendo mil para a BM e cem para a Polícia Civil. O edital prevê que o governo pode, se desejar, dobrar o número de equipamentos contratados.A Advanta Sistemas de Telecomunicações e Serviços de Informática Ltda, que teve os equipamentos aprovados, foi a última colocada na licitação que está em andamento para a aquisição de um sistema. As três empresas anteriores tiveram os seus equipamentos reprovados em testes de documentação ou práticos.A atual licitação, prevendo a compra das primeiras 1 mil câmeras, foi aberta em maio de 2023. Antes, uma primeira disputa já havia sido realizada, mas à época as duas propostas de empresas também foram consideradas inadequadas pelo governo do Estado.As atuais cúpulas da Brigada Militar e da Polícia Civil dizem concordar com a instalação das câmeras em fardas, defendendo que os equipamentos protegem não apenas a sociedade de eventuais abusos policiais, mas também ajudam na defesa dos agentes de segurança pública e na produção de provas durante ações policiais.