20/03/2024 às 10h48min - Atualizada em 20/03/2024 às 10h48min

As vantagens e os perigos do grupo do Inter na Copa Sul-Americana.

GZH
Ricardo Duarte, Inter / Divulgação
A análise inicial do grupo do Inter na Copa Sul-Americana traz mais boas do que más notícias. Os adversários não vivem bom momento em 2024 e não são dos mais tradicionais nas competições continentais. Também escapou da altitude. E só deverá ter pressão, mesmo, na Argentina.
É unânime, aliás, a visão de que a disputa pelo primeiro lugar no grupo, que dá vaga direta às oitavas de final, será com o Belgrano. O Delfín, que tem ranking melhor na Conmebol do que o representante de Córdoba, corre por fora. E o Real Tomayapo viverá sua primeira experiência internacional.
A primeira boa notícia para o Inter sobre o adversário da estreia na Copa Sul-Americana, o Belgrano, é que a campanha do time no Campeonato Argentino inspira tamanho cuidado que há quem sugira reservas na competição continental. A equipe é a penúltima colocada no Grupo B, somou oito pontos em 10 jogos e recebe o Lanús nesta terça-feira.
A segunda boa notícia é que o momento é instável a ponto de não ter técnico. Histórico nome do clube, Guillermo Farré saiu após o mau começo de temporada. Por enquanto, ainda não há substitutos: Gabriel Milito e Gustavo Munúa são os candidatos.
Mas não vão os colorados pensar que será fácil. O Estádio Julio César Villagra é um caldeirão com mais de 30 mil vozes pressionando os adversários. E o time tem talentos. Faz e leva gols quase na mesma proporção.
— Os jogadores mais destacados são Lucas Passerini, que ficou no lugar de Vegetti, vendido ao Vasco, Santiago Longo, que frequentemente aparece especulado em times brasileiros, e o peruano Bryan Reyna, da seleção. O grupo é recheado, e o time tem como característica primeiro cuidar da defesa para depois atacar — explica o jornalista Leonel Perino, da Rádio Pulxo, de Cordoba.
O time costuma jogar no 4-2-3-1. Não se importa muito de não ter a bola, inclusive no campeonato local, entregou a posse ao adversário na maior parte dos jogos. Mas a defesa vaza bastante: até agora, levou gol em todas as partidas da competição. Time: Losada; Barinaga, Moreno, Meriano e Ibacache; Santiago Longo e Rolón; Ulisses Sánchez, Matías Marín e Bryan Reyna; Lucas Passerini.
 
Real Tomayapo
Real Tomayapo / Divulgação
Goleiro Arancibia e seus óculos estroboscópicos.Real Tomayapo / Divulgação
 
Quando pisar no Beira-Rio, na semana de 9 a 11 de abril, o Real Tomayapo fará a primeira partida internacional de seus 25 anos de história. A Copa Sul-Americana 2024 é a estreia do time boliviano em competições continentais. Classificou-se graças ao título da Copa Simón Bolívar no ano passado e chegou à fase de grupos após eliminar o tradicional Jorge Wilstermann na etapa local do torneio. Esses fatos curiosos alimentam o oponente menos conhecido do Inter.
Para os colorados, a melhor informação possível é que o Tomayapo é de Tarija, uma cidade na fronteira com a Argentina cuja altitude é inferior a 2 mil metros. Ou seja, nada de preparação especial nesse ponto. O estádio, o IV Centenario, não costuma preencher os 20 mil lugares disponíveis. O gramado, porém, não é dos melhores.
— É uma equipe limitada ofensivamente, que se classificou nos pênaltis contra o Jorge Wilstermann. A melhor arma é a defesa e aposta muito nos contra-ataques — aponta o repórter Cristian Camacho, programa Deporte Total da Bolívia.
O destaque da equipe é o argentino Matías Noble. Meia de 27 anos, canhoto, marcou três gols e deu três assistências na temporada. O goleiro Arancibia também conta com o carinho da torcida. E ele fez uma preparação especial, treinando com óculos estroboscópicos, com lentes especiais que forçam a visão e melhoram as respostas.
Time: Arancibia; Mamani, Juan Roja, Aldair Cantillo e Orellana; Rai Lima, Villamil, Justiniano e Matías Noble; Graneros e Ortega.
Delfín
Rodrigo Buendia / AFP
Atacante Alman (D) é uma das armas do Delfín.Rodrigo Buendia / AFP
Pela terceira vez nos últimos anos, o Inter irá à cidade litorânea de Manta, no Equador, para disputar uma partida internacional. Pela primeira vez, porém, será contra o time da cidade. Depois de enfrentar o Emelec e o 9 de Octubre, ambos de Guayaquil, agora o adversário será o Delfín. O time disputa pelo quarto ano seguido a Copa Sul-Americana.
A equipe teve mudanças após a classificação da equipe na etapa local, quando eliminou o Cuenca. Um deles foi Bryan Oyola, que foi para o Barcelona de Guaiaquil. O técnico Guillermo Duró, porém, ganhou reforços. Alguns já viraram titulares, como o goleiro Edison Recalde, o lateral Elordi e o zagueiro Gariglio. Os destaques ofensivos são os atacantes Almán, que está na quarta temporada no Delfín, e José Angulo, contratado da LDU.
— O estilo de jogo do técnico Duró costuma ser defensivo. Ele prefere apostar no contragolpe e nos lançamentos longos em busca dos atacantes — aponta a jornalista Vivi Sánchez Bonillo, da VSB Sports, do Equador.
Na atual temporada, o Delfín disputou três partidas pelo Campeonato Equatoriano. Perdeu para Independiente del Valle (em casa) e Imbabura (fora). Ganhou do Técnico Universitario, em Manta. Nesta quinta-feira, visita o Emelec.
    Time: Recalde; Cuero, Gariglio, Goitea e Elordi; Gaggi, Cristian García, Luis Castro e Miño; Alman e José Angulo.
 
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