Foto: DIVULGAÇÃO/INSS Aposentados, pensionistas e beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) podem conferir os extratos de pagamento a partir desta terça-feira (23). Os valores estão corrigidos, sendo que os segurados que ganham acima de um salário mínimo terão aumento de 3,7%, e os que ganham abaixo do piso nacional receberão o benefício reajustado em 6,9% (confira a simulação abaixo). Os depósitos referentes a janeiro serão feitos a partir da próxima quinta-feira (25) e seguirão até 7 de fevereiro para quem recebe até um salário mínimo (R$ 1.412).
As datas variam conforme o número final do cartão do beneficiário, sem considerar o último dígito verificador, posicionado depois do traço. Recebem primeiro os aposentados e os pensionistas com benefício com dígito final 1. Já os de dígito final 0 são os últimos.
Para o beneficiário que não tem acesso à internet, é só ligar para o número 135. É necessário informar o CPF e confirmar algumas informações para evitar fraudes. O atendimento ocorre de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h.
Para quem tem acesso à internet, é possível consultar pelo site Meu INSS. É necessário fazer login e clicar em “Extrato de Pagamento” na tela inicial para ver todos os detalhes do benefício.
Outra opção é pelo aplicativo Meu INSS, disponível para Android e iOS.
Segundo o INSS, atualmente 27,3 milhões de pessoas recebem benefício de até um salário mínimo. Outros 12 milhões ganham acima do piso nacional. Desse total, 5,7 milhões são benefícios assistenciais, como auxílio-inclusão à pessoa com deficiência e idosos, por exemplo.
Simulação Considerando o reajuste de 3,71% a ser aplicado para quem recebe acima do salário mínimo em 2024, os valores dos benefícios passarão a ser:
• de R$ 2.000, passa para R$ 2.074,20;
• de R$ 4.500, passa para R$ 4.666,95;
• de R$ 5.000, passa para R$ 5.185,50;
• de R$ 6.000, passa para R$ 6.222,60;
• de R$ 7.507,49, passa para R$ 7.786,01.
Aposentadorias sem aumento real O aumento de 3,7% para quem ganha mais que um salário mínimo é baseado no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a variação dos preços para as famílias com renda mensal entre um e cinco salários mínimos. Com a variação do INPC, o teto dos benefícios pagos pelo INSS passa de R$ 7.507,49 para R$ 7.786,01.
Apesar da variação positiva, o reajuste previsto não traz um aumento real, ou seja, corresponde apenas à reposição da inflação. A legislação define que, para os beneficiários que recebem mais do que o piso do INSS, a correção precisa considerar apenas a variação do INPC do ano anterior.
Já para quem ganha o piso, o aumento será acima da inflação. Desde 1º de janeiro o valor do mínimo passou a ser de R$ 1.412, o que representa um aumento de 6,97%, ou R$ 92, em relação ao piso de 2023, de R$ 1.320.
Além do repasse para as aposentadorias e pensões do INSS, o valor também é aplicado para seguro-desemprego, abono salarial PIS/Pasep e BCP (Benefício da Prestação Continuada), entre outros.
Fila do INSS Em dezembro de 2023, o tamanho da fila do INSS chegava a 1,5 milhão de pessoas, com tempo médio de concessão de benefícios de 47 dias. No início do ano, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, reconheceu a dificuldade para diminuir a fila e afirmou que mais pessoas têm solicitado aposentadoria. Segundo o ministro, a fila “nunca vai acabar”.
“Quem diz que vai acabar a fila é mentiroso. Todo mês entram 900 mil a 1 milhão de pedidos novos, e ninguém resolve assim, tem que conferir documento, tem que ser justo”, completou o chefe da pasta.
Conforme o Boletim Estatístico da Previdência Social de 2022, mais de 37 milhões de pessoas se aposentaram naquele ano, e é esperado que esse número continue subindo devido ao grande número de idosos no país.