13/11/2023 às 10h13min - Atualizada em 13/11/2023 às 10h13min
De folga até quarta, Inter tenta erguer a cabeça após derrota para o Palmeiras.
Time colorado volta a jogar em 26 de novembro, contra o Bragantino
GZH
Ricardo Duarte / Inter/Divulgação O fim de ano do Inter se arrasta e, mesmo que devagar, não se sabe para qual direção ao certo. As atuações e o calendário não colaboram para que os últimos jogos da temporada passem de maneira mais célere. Um time em pandarecos levou 3 a 0 do Palmeiras, no sábado (11), e nos últimos minutos da partida disputada em Barueri ouviu os torcedores gritarem olé a cada troca de passe do adversário.
A recuperação terá de esperar ao menos duas semanas, já que a próxima partida será somente no dia 26. O elenco está de folga até a quarta-feira (15) e se reapresenta na quinta (16), no CT Parque Gigante, em Porto Alegre.
Uma das razões que faz as últimas partidas do ano andarem a passos de tartaruga reside em luto prolongado pela eliminação na semifinal da Libertadores. Pergunta vai, pergunta vem, e o técnico Eduardo Coudet volta a citar a virada sofrida em seis minutos para os cariocas. Desde então, nove jogos se passaram, o Flu saiu campeão, mas o Inter ainda não superou sua ausência no Maracanã diante do Boca Juniors.
Parte da entrevista coletiva de Coudet após a goleada para o Palmeiras se voltou para o passado mal resolvido. Um pedaço falou do presente que incomoda, mas pouco se falou do futuro ainda indefinido. Restam quatro jogos no Brasileirão, contra Bragantino, Cuiabá, Corinthians e Botafogo. Quatro partidas para se livrar matematicamente do rebaixamento e assegurar um lugar na Copa Sul-Americana.
O time estacionou nos 43 pontos e ocupa a 13ª colocação. A distância para o primeiro rebaixado, o Cruzeiro, é de seis pontos. Ao que tudo indica, três pontos nesse conjunto de jogos bastam para evitar o pior.
— Falei para o presidente (Alessandro Barcellos) que se não desse certo (a Libertadores) seria difícil esse final (de ano). Perguntei se ele estava disposto a isso, e aqui estamos. Estivemos muito perto. Temos de mostrar que estamos capacitados para estar onde estamos (um clube grande) — argumentou o técnico Eduardo Coudet.
A questão física, um fantasma que assombra o elenco desde o começo da temporada, também foi levantada pelo treinador. A sequência de dois jogos por semana nas últimas rodadas foi apontada como um fator relevante para o desempenho ruim nos confrontos mais recentes. O time venceu apenas uma vez nas últimas cinco vezes em que entrou em campo. Em uma das suas explanações, o treinador chegou a classificar o seu time como "fisicamente morto".
— A verdade é que é difícil a situação, a zona em que nos encontramos tendo quatro jogos pela frente, com um grupo que está fisicamente morto. Foram sete ou oito rodadas seguidas, jogando a cada três dias. Enfrentamos um rival que não perdoa. Olhando para frente temos que voltar a ganhar, voltar a ganhar em casa — enfatizou o treinador.
A necessidade de triunfar novamente no Beira-Rio foi citada em mais de um momento. São três jogos sem vencer no Beira-Rio, com empate com Fluminense e América-MG, além de derrota para o Coritiba.
O treinador terá de aprumar o time sem dois dos seus principais jogadores. Aránguiz e Alan Patrick receberam o terceiro cartão amarelo e ficam de fora do jogo contra o Bragantino. O lateral Dalbert e o atacante Enner Valencia deixaram o gramado com dores. A dupla será reavaliada no decorrer da semana. Os laterais Hugo Mallo e Renê se recuperam de lesões musculares e têm poucas chances de retornarem ainda este ano.
Após a derrota, Alan Patrick tentou encontrar algum tipo de força para seguir adiante. O camisa 10 foi o único jogador a se pronunciar.
— É seguir trabalhando. Foi uma derrota dolorosa. Não viemos para isso. Viemos para buscar os três pontos, mas não conseguimos. É seguir de cabeça levantada. Ainda temos a reta final. Precisamos voltar a vencer — destacou.
Como os atletas se reapresentam somente na quinta-feira, são quatro dias para ver um modo para o tempo passar mais veloz até o fim do Brasileirão.