10/11/2023 às 10h21min - Atualizada em 10/11/2023 às 10h21min

Quatro razões para a oscilação do Inter no Brasileirão.

Por que o time alterna momentos de alta, como o Gre-Nal e a goleada sobre o Santos, com atuações melancólicas.

GZH
Ricardo Duarte, Inter / Divulgação

As oscilações no Brasileirão fazem o Inter chegar a cinco rodadas do fim ainda fazendo contas para evitar o rebaixamento. São 43 pontos em 33 jogos, um número preocupante, dado que segurança, mesmo, só terá se chegar a 46. O time alterna boas vitórias, como contra Grêmio, Santos, Vasco e Cruzeiro, com resultados e atuações decepcionantes, como diante de Coritiba, América-MG e Fluminense. Mas por que o time vive essa montanha-russa?
Há quatro razões nítidas que ajudam a explicar os altos e baixos. É consenso que a qualidade do Inter cai quando saem os titulares, e que se não estão praticamente os 11 ideais, o time não funciona. Também é um problema, desde o início do ano, a condição física dos atletas. O rendimento desaba no segundo tempo.
Já foi falado, igualmente, que o tombo na Libertadores pesou. O Inter teve um título relevante ao alcance e a derrota para o Fluminense abalou. E não podem ser esquecidos alguns erros individuais que comprometeram a campanha.
A seguir, detalhamos as causas dessas oscilações.
Substituições
Quando saem Alan Patrick, Valencia e Aránguiz, a qualidade do time cai. Essa frase se aplicaria a qualquer equipe, jogadores deste nível são raros no futebol brasileiro. Mas no caso colorado, a diferença tem sido decisiva. Os suplentes, especialmente para os dois jogadores mais ofensivos, estão longe dos titulares. Luiz Adriano, Lucca e Pedro Henrique não têm conseguido dar uma resposta à altura das necessidades coloradas. Nem Bruno Henrique, que costuma ingressar na vaga de Aránguiz, segura o nível.
— Quem dera se tivéssemos dois Alan Patrick, mas não temos — brincou Coudet na entrevista, e completou: — O Inter não tem o poder econômico de outros times. Nosso grupo é bom, mas temos nossas dificuldades.
Condição física
As primeiras notícias de problemas físicos do Inter datam de abril. Mano Menezes, ainda técnico, afirmou que o time não conseguia atingir índices suficientes para enfrentar os adversários. Desde então, foram trocados o preparador físico Jean Carlo Lourenço e o ex-coordenador Sandro Orlandelli.
O clube anunciou um coordenador de performance, Antônio Carlos Fedato, recontratou o preparador físico de 2022, Flávio de Oliveira, e agregou os dois profissionais que cuidam do tema na comissão técnica de Coudet, Octávio Manera e Guido Cretari. E ainda há João Goulart, que já era do Inter.
 
Portanto, há quatro preparadores, na média um para cada oito atletas. E mesmo assim, o time desaba no segundo tempo. Os casos mais evidentes são os de Aránguiz (que ficou parado por oito meses), Valencia (que não tem férias há um ano e meio) e Alan Patrick (que jogou 58 das 62 partidas do Inter na temporada, sendo 30 delas completas).
Desmobilização
É inegável que a queda da Libertadores machucou o Inter. Houve um planejamento para priorizar a competição, e isso se refletiu no Brasileirão, e a equipe esteve classificada para a final até faltarem pouco mais de 10 minutos para terminar o jogo. Desde a eliminação para o Fluminense, o time até reagiu, supera os 58% de aproveitamento. Mas os três resultados decepcionantes no Beira-Rio tiraram quaisquer aspirações. Restou, apenas, lutar contra o Z-4. Coudet admitiu que essa falta de um objetivo claro diminuiu a mobilização.
— Sabemos a camisa que representamos. Não é fácil, mas trabalhamos todos os dias ao máximo, com exigência. Estou muito agradecido aos jogadores. Arriscamos tudo em uma coisa que não deu por pouco. Agora vamos seguir, e ter como objetivo sempre o próximo jogo — resumiu Coudet.
Erros individuais
O jogo que marcou a queda de desempenho do Inter foi contra o Coritiba. Diante de um adversário praticamente rebaixado, com o Beira-Rio lotado, esperava-se que o time abrisse caminho aumentar o então 1% de chances de ir para a Libertadores que aquele tempo apontava. Mas uma falta de Vitão aos cinco minutos se transformou em expulsão e, com um a menos por praticamente todo o jogo, não houve forças para superar o oponente. A partida seguinte, contra o América-MG, foi reflexo da anterior.
Além disso, há os erros ofensivos. No jogo contra o Fluminense foram 20 finalizações, mas apenas cinco na direção do gol. Contra o América-MG, 15 chutes, quatro no alvo. E até contra o Coritiba, com um a menos, houve 18 finalizações, 10 no gol. A falha na pontaria também está cobrando o preço.
 
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