Subiu para 51 o número de municípios com decreto de situação de emergência em razão da estiagem no Rio Grande do Sul. O balanço da Defesa Civil estadual é contabilizado desde dezembro de 2022 é atualizado diariamente. As mais recentes cidades a emitirem decretos foram Candiota, Nova Palma e Restinga Seca.
Do total de cidades, 16 tiveram o decreto homologado pelo governo do Estado. Apenas Tupanciretã tem decreto de emergência reconhecido pela União, além do executivo estadual.
Ainda segundo atualização do balanço, na manhã desta terça-feira, 70 cidades gaúchas constam na lista. Muitas delas ainda estão com análise do processo por parte da coordenação da Defesa Civil. O decreto de situação de emergência auxilia na liberação de recursos para os municípios enfrentarem os prejuízos causados pela estiagem.
Nessa segunda-feira, a meteorologista Cátia Valente, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, participou de reuniões com cidades afetadas e falou sobre os prognósticos para os meses de janeiro, fevereiro e março. Segundo ela, a estiagem segue no Estado a mais de três anos justamente pela atuação do La Niña, que permanece influenciando esse período de seca, tendo em vista que nos últimos seis meses não houve uma reposição hídrica para o enfrentamento do verão 2023. “Estamos com déficit hídrico e as chuvas devem continuar irregulares em algumas regiões do Estado”, ressaltou Valente.
As temperaturas seguem acima da média e com essa combinação de pouca chuva e altas temperaturas a tendência é que esse déficit permaneça. Cátia Valente, cita que na região Sul do Estado, pode acontecer de ter níveis mais elevados de chuvas, mas ainda é necessário que sejam mais regulares para que possa ocorrer uma reposição, porém a tendência é que esse problema continue durante o verão, mesmo perdendo um pouco da sua força.