05/01/2023 às 19h25min - Atualizada em 05/01/2023 às 19h25min

Setor agropecuário de Três Passos perde R$ 71 milhões com a estiagem

Na tarde de quinta-feira (05), uma reunião entre o Executivo Municipal, Emater, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Secretarias de Agricultura e Assistência Social e Procuradoria-Geral do Município, tratou sobre situação de emergência em decorrência da estiagem em virtude da redução das precipitações pluviométricas em Três Passos.

O laudo técnico realizado pela Emater sobre os prejuízos que a estiagem proporcionou ao setor agropecuário dá conta de que até agora, somadas as culturas, foram R$ 71.552.969,00 em perdas.

Números:

O setor leiteiro, até o momento, teve perda de 20%, com valor total de R$ 3.437.969,00.

O Milho Grão Safra Normal teve perda de 60%, perfazendo o valor de R$ 19.992.000,00.

O Milho Silagem também teve quebra de 45%, com R$ 33.075,00 de prejuízo.

O Soja teve perda de 20%, com prejuízo financeiro de R$ 15.048.000,00.

A avaliação indica que a estiagem resultou na secagem, redução drástica ou até mesmo o esvaziamento dos níveis de poços artesianos que abastece a população, causando falta de água potável e consequentemente severo racionamento por parte de toda a população da área rural.

Conforme o secretário de Agricultura, Luis Dietrich, os danos são severos e ao menos 100 famílias estão recebendo água para consumo humano diariamente. “Toda a área rural está sofrendo. As quase cinco mil pessoas que ali residem estão em alerta. Estamos utilizando todas as possibilidades para amenizar os efeitos da estiagem”, concluiu.

Somente em 2022, a Secretaria de Agricultura forneceu 953 cargas de água, ultrapassando 10 milhões de litros para o consumo humano. Para a dessedentação animal, foram 844 cargas, ou quase 6,3 milhões de litros.

Tendo em vista esta situação, o prefeito municipal, Arlei Tomazoni, declara situação de emergência, pois a redução das precipitações pluviométricas e a ausência de chuvas previstas causaram o comprometimento das reservas hidrológicas locais, e consequentemente dano humano no tocante ao abastecimento de água potável. “Nós disponibilizamos todo o aparato disponível para minimizar os efeitos deste desastre, e damos total assistência aos afetados”, completou.

A estiagem e suas consequências não tiveram reflexos significativos nas demandas acolhidas pela Secretaria Municipal de Assistência Social, porém, se esta situação de escassez de chuvas perdurar, poderá haver reflexos maiores, não somente na falta de água potável, como também o aumento ao acesso por benefícios socioassistenciais.


 


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