01/12/2022 às 10h48min - Atualizada em 01/12/2022 às 10h48min

ONU pede forte investimento público e privado para proteção ambiental até 2025

Gaucha ZH
O mundo deve aumentar drasticamente o financiamento de ações para proteger e restaurar ecossistemas naturais e modificados para atingir as principais metas de clima, biodiversidade e degradação da terra - afirma a ONU em um relatório divulgado nesta quinta-feira (1º). O estudo é lançado às vésperas de uma reunião de delegados de quase 200 países, em Montreal, na próxima semana, para elaborar um novo acordo global sobre biodiversidade. O segundo informe "Estado das finanças para a natureza", publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), afirma que os investimentos devem aumentar para US$ 384 bilhões por ano até 2025, mais do que o dobro dos atuais US$ 154 bilhões por ano.
Até 2030, serão necessários fluxos financeiros de US$ 484 bilhões anuais para ações de gestão sustentável dos ecossistemas para enfrentar desafios como limitar os níveis de aquecimento global abaixo de 1,5°C, interromper a perda de biodiversidade, alcançar a neutralidade na degradação da terra e muito mais, de acordo com o relatório.
"À medida que fazemos a transição para emissões líquidas zero até 2050, também devemos reorientar toda a atividade humana para aliviar a pressão sobre o mundo natural, do qual todos dependemos", declarou a diretora-executiva do PNUMA, Inger Andersen.
Hoje, os governos fornecem 83% do financiamento para as chamadas Soluções Baseadas na Natureza (NBS, na sigla em inglês), mas se verão limitados pelos desafios fiscais relacionados com conflitos, dívida e pobreza. Por isso, acrescenta o documento, o setor privado deve aumentar seus investimentos, de modo significativo, avançando dos atuais US$ 26 bilhões por ano.
Isso implicaria trabalhar em direção a cadeias de abastecimento sustentáveis, reduzir as atividades que são prejudiciais para as metas de clima e de biodiversidade e compensar danos inevitáveis.
Limitar o aquecimento global a 1,5°C no longo prazo exigirá financiamento para agricultura sustentável e restauração de turfas, já que a eliminação gradual do carvão e a descarbonização do setor de energia não serão suficientes por si só, reforça o relatório.

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