28/09/2022 às 08h40min - Atualizada em 28/09/2022 às 08h40min
Como vai funcionar o primeiro laboratório de análise de drogas do IGP no interior do RS
GZH
IGP / Divulgação Um projeto que vai ser inaugurado nesta quinta-feira (29), em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, promete tornar mais ágil o tempo de resposta das perícias nos entorpecentes apreendidos na região. Vai funcionar no município o primeiro laboratório do Instituto-Geral de Perícias (IGP) de análise de drogas brutas no interior do Estado. Até então, todas as amostras precisavam ser processadas em Porto Alegre. A implantação do laboratório é um projeto em planejamento há cerca de um ano. A ideia era começar a descentralizar as perícias que ainda são realizadas somente na Capital, e, com isso, acelerar os processos. Atualmente, sempre que uma amostra de drogas precisa ser analisada, é necessário que os policiais se desloquem até Porto Alegre para fazer a entrega dos entorpecentes — de Santa Cruz do Sul, por exemplo, são 150 quilômetros. O Departamento de Perícias Laboratoriais, na Capital, analisou somente no ano passado 55.444 amostras de drogas — a maioria de maconha e cocaína. Com o novo laboratório regional, espera-se conseguir mais agilidade nos processos e redução de custos. Na primeira fase, a equipe vai se concentrar nas amostras enviadas pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) de Santa Cruz do Sul. Somente a delegacia envia hoje cerca de 50 pedidos de análises de drogas por mês ao IGP. A maior parte das drogas apreendidas no município atualmente é maconha, cocaína e crack — embora se tenha percebido recente acréscimo na presença de drogas sintéticas. Este laboratório regional vai justamente fazer a análise de cocaína e maconha, que são as chamadas drogas brutas e que representam a maior parte das apreensões no Estado. As demais ainda serão enviadas para a Capital, devido ao tipo de equipamento necessário para fazer a avaliação desses produtos. Posteriormente, a expectativa é de que o laboratório passe a atender as demandas de até 57 municípios dos vales do Rio Pardo e do Taquari. Com isso, devem ser processadas por mês entre 300 e 500 amostras no mesmo local.