A flexibilização do horário de funcionamento de bares e restaurantes, válida a partir deste sábado (24) em todo o Rio Grande do Sul, é motivo de otimismo entre os empresários do setor. Com a possibilidade de receber clientes até as 22h nos finais de semana e feriados, mantendo as mesas ocupadas até as 23h, a categoria projeta um aumento imediato na demanda e, consequentemente, no faturamento.
Para a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a retomada – iniciada no final do mês de março, com o retorno da cogestão – acontece em um ritmo satisfatório. Entretanto, a presidente da entidade no Rio Grande do Sul, Maria Fernanda Tartoni, ressalta que os estabelecimentos enfrentam a desconfiança da população desde o momento mais grave da pandemia no Estado.
“Nós ainda estamos trabalhando sob a restrição de 25% da ocupação, então, precisamos do máximo de horários possíveis para trazer os nossos clientes de volta, sem aglomeração, atingindo um patamar de funcionamento suficiente para manter as portas abertas. Neste primeiro dia temos uma necessidade de comunicação, as pessoas precisam saber que podem frequentar os restaurantes à noite, mas estamos otimistas”, diz.
A categoria acredita que foi uma das mais impactadas pela crise do coronavírus. Desde o início da pandemia, estima-se que 40% dos bares e restaurantes tenham fechado as portas no Rio Grande do Sul. Só no último mês de março, a quebra no faturamento atingiu média de 70%. Isso fez com que a maior parte dos empresários cortasse o número de funcionários – uma situação que não deve ser resolvida em curto prazo.
“Aos poucos teremos a necessidade de trazer de volta os funcionários demitidos. Hoje, projetamos a manutenção das vagas existentes. Estamos com muitos trabalhadores ociosos, por causa do fechamento e das restrições de horário. Por enquanto, vamos tentar manter todo mundo. Quem sabe, em um futuro próximo, poderemos voltar a contratar”, ressalta Tartoni.
Decreto flexibilizou outros setores
Além dos estabelecimentos dedicados à alimentação, passam a conviver com menos restrições aos finais de semana espaços como museus, que reabrem as portas com limite de 25% da ocupação; parques, que também podem receber 25% do público habitual em espaços abertos e fechados; e condomínios, que liberam o acesso às áreas de lazer para crianças, em espaços abertos.
