18/08/2020 às 14h46min - Atualizada em 18/08/2020 às 14h46min

Sindicato dos Correios do RS adere à greve nacional por corte de benefícios

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O Sindicato dos Correios do Rio Grande do Sul confirmou que aderiu à greve nacional dos Correios, a partir desta terça-feira (18), com prazo indeterminado para acabar. O objetivo é reivindicar direitos que, de acordo com o Sindicato, estão sendo tirados durante a pandemia.
Por meio de nota, os Correios afirmam que não pretendem suprimir direitos dos empregados e que possuem um Plano de Continuidade de Negócios para seguir atendendo à população em qualquer situação. Veja posicionamento completo abaixo.
Dos cerca de 7 mil trabalhadores dos Correios no Rio Grande do Sul, 5.800 vinculados ao sindicato aderiram à greve.
Eles pedem a continuidade de benefícios como vale alimentação, licença maternidade, auxílio creche, 30% de adicional de risco, entre outros. Segundo o Sindicato, um acordo coletivo que previa os direitos e deveria valer até 2021 foi revogado no dia 1º de agosto.
"Não temos ainda um quadro total das adesões, mas vimos que a categoria aderiu massivamente. Se espalhou pelo estado inteiro, tem unidades que parou 100%, outras 70%, e não ouvimos falar de nenhuma que não tenha parado ninguém", diz o secretário geral do Sindicato dos Correios do RS, Alexandre Nunes.
De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT), os grevistas também são contra a privatização da estatal e reclamam do que chamam de "negligência com a saúde dos trabalhadores" na pandemia.
"Privatizar é impedir que milhares de pessoas possam ter acesso a esse serviço nos rincões desse país, de norte a sul, com custo muito inferior aos aplicados por outras empresas", destaca o secretário geral da federação, José Rivaldo da Silva.
 
Posicionamento dos Correios

Os Correios não pretendem suprimir direitos dos empregados. A empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados.
Sobre as deliberações das representações sindicais, os Correios ressaltam que a possuem um Plano de Continuidade de Negócios, para seguir atendendo à população em qualquer situação adversa.
No momento em que pessoas e empresas mais contam com seus serviços, a estatal tem conseguido responder à demanda, conciliando a segurança dos seus empregados com a manutenção das suas atividades comerciais, movimentando a economia nacional.
 
Desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia.
A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período - dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida.
Respaldados por orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como por diretrizes do Ministério da Economia, os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos.

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