13/07/2020 às 16h51min - Atualizada em 13/07/2020 às 16h51min

Rio Grande do Sul tem 14 frigoríficos com mais de cem trabalhadores infectados pelo coronavírus

Site - gauchazh.clicrbs.com.br
O Ministério Público do Trabalho (MPT-RS) contabiliza 6,2 mil trabalhadores com testes positivos para o coronavírus em frigoríficos no Rio Grande do Sul. As indústrias empregam 35,8 mil pessoas divididas em 39 frigoríficos. Somente em 14 unidades, mais de 100 casos já foram confirmados em cada uma. É um crescimento de 40% em pouco mais de um mês. Em 19 de junho, data do levantamento anterior, o total era de 4,3 mil funcionários com a doença.
Desde o início da pandemia, cinco empregados e 12 pessoas que tiveram contato com contaminados morreram por causa da covid-19. Segundo o MPT, as indústrias afetadas estão concentradas em 29 municípios gaúchos. O último óbito pela doença foi registrado no dia 23 de junho. Trata-se de um homem que trabalhava em um frigorífico de Três Passos, no Noroeste.
Os frigoríficos são considerados ambientes propícios para a disseminação do vírus, em razão da elevada concentração de trabalhadores em ambientes fechados, com baixa taxa de renovação de ar, baixa temperatura e umidade. Conforme o MPT, as plantas frigoríficas também contam com pontos que propiciam aglomerações de trabalhadores, como o transporte coletivo, refeitórios, salas de descansos, salas de pausas, vestiários e barreiras sanitárias.
As cidades que abrigam as plantas frigoríficas com surtos são: Arroio do Meio, Boa Vista do Sul, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Encantado, Farroupilha, Garibaldi, Lajeado, Marau, Miraguaí, Montenegro, Morro Reuters, Nova Araçá, Osório, Passo Fundo, Poço das Antas, Presidente Lucena, Santa Maria, Santa Rosa, São Gabriel, São Sebastião do Caí, Seberi, Serafina Correa, Tapejara, Teutônia, Três Passos, Trindade do Sul, Vila Lângaro e Westfália.
Os frigoríficos instalados no Rio Grande do Sul já foram alvo de cinco interdições e assinaram 11 termos de ajustamento de conduta (TAC) desde o início da pandemia de coronavírus. Falhas em protocolos de segurança para evitar a disseminação da covid-19 são apontadas como o principal motivo para as ações, de acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT).

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