26/05/2020 às 09h50min - Atualizada em 26/05/2020 às 09h50min

Mãe confessa assassinato de filho de 11 anos em Planalto, no Norte gaúcho

Rafael Mateus Winques era considerado desaparecido desde 15 de maio

Rafael Mateus Winques, de 11 anos

A Polícia Civil confirmou, no início da noite desta segunda-feira, ter localizado o corpo do menino Rafael Mateus Winques, de 11 anos, considerado desaparecido desde 15 de maio em Planalto, no Noroeste gaúcho. A mãe do menino, Alexandra Dougokenski, confirmou que matou o filho. O corpo havia sido enrolado em um lençol, dentro de uma caixa, em uma casa abandonada nas proximidades de onde o menino residia.

À Polícia, a mãe disse que uma medicação provocou a morte, mas a versão ainda é apurada pela Polícia. O clima é de revolta na cidade, com 10,5 mil habitantes. Dezenas de pessoas se deslocaram até a região onde os policiais encontraram o corpo.

O prefeito de Planalto, Antônio Carlos Damin, lamentou o desfecho em relação ao desaparecimento. “É muito triste receber uma notícia dessas, ainda mais em se tratando de uma criança de 11 anos, um inocente”, afirmou.

No primeiro depoimento colhido pela Polícia, a mãe disse que o menino era muito nervoso e que matou o filho de forma culposa, ou seja sem a intenção de matar, ao referir-se à medicação dada a Rafael.

Os investigadores chegaram até o local depois de a mulher confessar o crime. O pedido de prisão preventiva dela já chegou ao Poder Judiciário. Alexandra vai responder por homicídio. A Polícia prevê ampliar as investigações a fim de saber se houve a participação de outras pessoas no crime.

Desde o desaparecimento, a mãe dizia que não sabia como o filho havia desaparecido, relatando ter encontrado a porta da frente da casa aberta, com a chave pelo lado de dentro. Desde o dia 15, buscas eram realizadas no município, inclusive com auxílio de cães farejadores.

Caso idêntico ocorreu com o menino Bernardo Boldrini
A morte de Rafael leva as pessoas a lembrarem do caso do menino Bernardo, de Três Passos, em abril de 2014. Ele também tinha 11 anos. Bernardo morreu ao receber uma dosagem alta de Midazolam e teve o corpo localizado, enterrado no interior de Frederico Westphalen, 10 dias depois.

Quase cinco anos depois da morte de Bernardo, jurados votaram pela condenação de quatro pessoas: o pai, Leandro Boldrini; a madrasta, Graciele Ugulini; a amiga do casal, Edelvânia Wirganovicz, e Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia. Evandro cumpriu pena e os demais seguem no sistema prisional.

Planalto fica a 42 km de Frederico Westphalen e a 157 de Três Passos, na região Noroeste do Rio Grande do Sul.


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