O Governo do Estado divulgou, nesta quinta-feira, os indicadores de criminalidade de 2019. Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o ano deve fechar com os menores índices dos últimos dez anos nos principais indicadores.
Conforme a Pasta, o número de vítimas de homicídios é o menor para 100 mil habitantes desde 2010. De janeiro a novembro, o Rio Grande do Sul registrou 146,9 homicídios ao mês. Se dezembro mantiver a média, o ano deve encerrar com 1.763 mortes. Levando em conta a mais recente estimativa de população segundo o IBGE, de 11,37 milhões de moradores, o Rio Grande do Sul terá uma taxa de 15,5 vítimas de assassinato a cada 100 mil habitantes. Isso representa cinco pontos a menos do que no ano passado, quando ficou em 20,5, considerando as 2.326 mortes e população semelhante.
O latrocínio, roubo seguido de morte, também se manteve em queda desde o início de 2019. No acumulado do ano, houve 65 latrocínios em todo o Estado, o que representa redução de 21,7% diante do 83 casos de igual período do 2018.
Entre os indicadores monitorados pela SSP, a maior queda foi registrada nos ataques a bancos. Entre janeiro e novembro, foram 101 ocorrências, entre roubo e furto nos estabelecimentos. O número representa 43,6% menos do que as 179 do mesmo período em 2018. Na Capital, na mesma comparação, foram seis casos a menos (-27,3%): de 22 para 16 casos. As demais 72 ocorrências de diferença deixaram de ocorrer nos municípios do Interior.
Um dos crimes mais visados por assaltantes, o roubo de carro apresentou nova baixa. No acumulado desde janeiro, comparado com igual período de 2018, a queda chegou a 31,9%. Foram 10.302 ocorrências neste ano e 15.124 em 2018. Ou seja, quase 5 mil veículos deixaram de ser levados por ladrões. O resultado representa a maior queda percentual de toda a série histórica, iniciada em 2002, e o menor total de casos desde 2011.
Conforme a SSP, no acumulado deste ano, os números de violência contra mulher seguem abaixo dos registrados em 2018. Até o final de novembro, o total de feminicídios teve queda de 7%, com 93 casos ante os 100 ocorridos no ano anterior.
As tentativas de assassinato de mulheres em razão do gênero também tiveram retração, de 2,1%, passando de 333 ocorrências para 326 até agora. Na mesma comparação, ainda houve quedas de 1,6% nas ameaças (de 34.153 para 33.973), de 4,4% nas lesões corporais (de 19.593 para 18.730) e de 3,3% entre os estupros (de 1.595 para 1.542).
No entanto, o mês de novembro registrou altas relevantes entre as ocorrências de estupro, que passaram de 99 para 142 (43,4%), de feminicídios, que subiram de oito para 11 (37,5%), e de tentativas de feminicídio, que foram de 32 para 39 casos (21,9%).
