14/11/2019 às 08h56min - Atualizada em 14/11/2019 às 08h56min

Policiais civis avaliam iniciar “operação padrão” contra pacote de medidas do governo do RS

R.Guaíba

Servidores da Polícia Civil vinculados ao Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil do RS (UGEIRM) irão avaliar na próxima segunda-feira o início de uma “operação padrão”. A medida da categoria ocorre em contrariedade ao pacote de medidas proposto pelo governo do Estado que pretende alterar as regras das carreiras e da Previdência do funcionalismo.

Nesta quarta e quinta-feira, os policiais estão fazendo uma paralisação em todo o Estado. O sindicato que representa os servidores estima adesão maciça. “É uma das maiores mobilizações dos últimos anos”, avaliou o vice-presidente da entidade, Fábio Castro. A categoria, que montou um piquete em frente ao Palácio da Polícia, irá realizar, na tarde desta quinta-feira, caminhada até o Palácio Piratini, onde pretende participar de um ato unificado com outras entidades do funcionalismo estadual.

Durante a paralisação de dois dias, apenas casos graves foram atendidos e nenhuma operação foi deflagrada. Na segunda-feira, os servidores irão avaliar o início de uma operação padrão que consiste em executar apenas os serviços básicos. Serão cumpridos apenas mandados de busca e apreensão e operações que forem de extrema urgência. Além disso, viaturas e equipamentos que não estiverem adequados não serão utilizados pelos policias. “Provavelmente, nós iniciaremos uma operação padrão na segunda-feira. Vamos exigir para qualquer ação que toda a estrutura esteja em dia”, explica Castro.

O vice-presidente da Ugeirm Sindicato adiantou que se trata de uma primeira mobilização contra o pacote do governo. Fábio Castro informou ainda que até o final do mês de novembro será realizada uma assembleia geral da categoria onde a pauta principal será a discussão sobre a possibilidade da deflagração de uma greve. A entidade mantém ainda uma articulação com os deputados de todos os partidos na Assembleia Legislativa para tentar barra a aprovação das medidas.

Impactos

Entre as medidas que mais impactam os policiais, o vice-presidente da Ugeirm Sindicato citou, como exemplo, a redução do salário a partir do aumento da alíquota previdenciária de 14% para 18% no vencimento. “Ela já é a segunda mais cara do país”, comparou. “Trabalhamos com 50% do efetivo, com salário atrasado há cinco anos, com presos em delegacias. Temos de contar os centavos para abastecer uma viatura e fazer nosso trabalho”, enumerou.

Segundo o sindicalista, outra proposta que afeta a categoria é a mudança na aposentadoria. “Caso seja aprovada, o policial civil vai perder a aposentadoria integral que tem direito. Ele vai conseguir proporcional”, disse. Fábio Castro recordou que a reforma previdenciária contemplou a integralidade para a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. “É isso que a gente quer”, frisou. O dirigente sindical acrescentou também a questão dos dependentes no IPE. “Está sendo tirado o caráter familiar. O dependente não será mais dependente”, sintetizou.


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