Um levantamento, ainda em finalização, do Banco Central (BC) mostra que há cerca de cinco milhões de pessoas superendividadas em um universo de 83 milhões de tomadores de empréstimo (6% do total) em todo o País.
De acordo com apresentações feitas em duas ocasiões, em outubro, pelos técnicos do Bacen, no Rio e em Brasília, o risco de superendividamento é maior quando o mutuário acumula mais de uma modalidade de crédito.
Em junho de 2019, conforme os dados expostos, 10 milhões de tomadores de crédito tinham algum compromisso em atraso. Mais de 9 milhões de pessoas tinham pelo menos mais de uma modalidade de dívida. Dessas, a situação de superendividamento atingia, então, mais da metade (55%).
A condição de superendividamento não guarda, necessariamente, relação com as taxas inadimplência (dívida em aberto há mais de 90 dias). Conforme a página de estatísticas monetárias do site do Banco Central, naquele mês a taxa de inadimplência do crédito consignado era de 3,6% e da aquisição de veículo, 3,3%. O não pagamento em dia do crédito pessoal atingia 7,4%; do cheque especial, 14%; e do rotativo do cartão de crédito, 33,5%.
